No primeiro dia de campanha, o candidato João Doria (PSDB), da coligação Acelera São Paulo, iniciou a jornada às seis horas da manhã com uma visita a operários de um empreendimento residencial no bairro Barra Funda, zona Oeste de São Paulo. Depois, encontrou-se com militantes, deputados, vereadores e candidatos para uma caminhada que começou na Praça da Sé e terminou nas escadarias do Teatro Municipal, na Praça Ramos, no Centro da Capital.
Na caminhada pelas ruas de pedestres no centro histórico e pelo Viaduto do Chá, acompanhado pelo grupo de centenas de pessoas com bandeiras verde e amarelas e folhetos da chapa apoiada por 13 partidos, o candidato cumprimentou eleitores e trabalhadores do comércio e posou para centenas de fotos e selfies. Sempre tendo como trilha sonora os inglês da campanha, ouvidos publicamente pela primeira vez.
No Teatro Municipal, o primeiro a discursar foi o candidato a vice, Bruno Covas, que saudou os presentes e anunciou que a campanha que começou no centro vai se espalhar a partir de agora para todos os bairros da cidade. Em seguida, João Doria prometeu que o seu vice ‘não será meramente decorativo’, mas também vai acordar cedo e trabalhar para melhorar a cidade.
– Montamos uma chapa pura, com dois tucanos que aprenderam com seus pais a fazer política e a defender a democracia de forma correta, honesta, como será nossa campanha – afirmou João Doria, referindo-se ao avô de Bruno Covas, o ex-governador Mário Covas (1930-2001) e ao seu próprio pai, João Agripino da Costa Doria (1919-2000), deputado do Partido Democrata Cristão (PDC) cassado pelo regime militar em 1964.
Doria criticou os adversários do Partido dos Trabalhadores (PT) e prometeu uma Prefeitura mais moderna e eficiente. “Vamos trabalhar duro para melhorar a cidade”, disse, destacando que começou a campanha acordando de madrugada para estar às 6 horas da manhã com os trabalhadores da construção civil.
– Estamos com os trabalhadores que constroem a cidade e agora aqui na praça, com o povo de São Paulo – disse.
Ao término do primeiro comício de campanha, João Doria voltou para o seu escritório na avenida Faria Lima de metrô, da mesma forma que foi para o centro. No trajeto, cumprimentou passageiros e vendedores por onde passava.
No Largo da Batata, concedeu entrevista a emissoras de rádio e respondeu ao questionamento de um passageiro que sugeriu que ele deveria andar sempre de metrô.
– Eu ando de metrô desde a sua inauguração, porque ele é rápido e muito eficiente. E me impressiono com o fato de os trens continuarem limpos e eficientes mesmo depois de tantos anos – comentou, destacando que costuma usar o metrô quando precisa chegar mais rapidamente ao centro.
Os repórteres perguntaram ao candidato do PSDB se ele aceita participar de debates com a candidata Luiza Erundina, do PSOL. Pelas regras atuais, só os candidatos de partidos que tenham mais de nove representantes na Câmara dos Deputados podem participar dos debates.
– Eu defendo a legalidade, e quem define as regras é a Justiça. Se abrir exceção para um candidato, tem que abrir para todos, mas quem pode rever isso são os legisladores – disse Doria.
Entre as autoridades presentes no primeiro dia da campanha estavam os secretários estaduais Floriano Pesaro (do Desenvolvimento Social) e Rodrigo Garcia (Habitação), os deputados tucanos Vanderlei Macris, Pedro Tobias, Aurélio Nomura, Salomão Pereira e os vereadores Gilson Barreto e Sílvio Torres, também do PSDB, além de dezenas de outros candidatos e políticos dos 13 partidos da coligação Acelera São Paulo.