Por meio de editoriais, os jornais “Folha de S. Paulo” e “O Globo”, dois dos principais do país, desqualificam neste sábado, 22 de setembro, a nota de lideranças partidárias de apoio a Lula, divulgado na quinta-feira. No mesmo dia, parlamentares do PSDB consideraram os ataques absolutamente despropositados.
Intitulado “Ridículo”, o texto do diário paulista afirma que os petistas recorreram aos “trapos de um vocabulário de esquerda” para iludir. “`Golpismo`, `aventura conservadora`, `ataque à democracia`: assim se qualificou o empenho de desvendar o desvio de recursos públicos e a corrupção de parlamentares, levando o caso à Justiça, com amplo direito de defesa e longos anos de contraditório, de recursos e protelações”, diz trecho do documento.
“O Globo” também faz duras críticas ao documento, assinado por partidos aliados sob constrangimento, como destacam reportagens publicadas também neste sábado. “Relacionar as condenações lavradas até agora pelo STF ao suicídio de Getúlio e à queda de Jango inscreve a nota no melhor do Febeapá, sigla de ‘Festival de Besteiras que Assola o País’, criado por Stanislaw Ponte Preta”, compara o periódico.
E o que ficou ruim poderia ser pior: segundo presidente do PSB, Eduardo Campos, o texto divulgado foi a quarta versão debatida pelas legendas. As anteriores eram “catastróficas” e “raivosas”. Mesmo o texto final foi reprovado pelas legendas. O PMDB, por exemplo, o considerou “péssimo”. Os ministros do STF também discordaram do tom adotado pelo PT e seus aliados.