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Julgamento do Mensalão do PT entra hoje no quarto dia

Brasília – O julgamento do mensalão do PT entra, nesta terça-feira (7), no seu quarto dia. A exemplo de ontem, a sessão desta tarde será dedicada a advogados de, pelo menos, cinco réus. A previsão é que seja apresentada a defesa de Cristiano Mello Paz, sócio de Marcos Valério; Rogério Tolentino, também ex-sócio de Marcos Valério; Simone Reis Lobo de Vasconcelos, ex-diretora financeira da empresa de publicidade SMP&B de Marcos Valério; Geiza Dias dos Santos, ex-gerente financeira da SMPB; e Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural.

Os quatro primeiros são apontados como integrantes do núcleo operacional do mensalão petista. Já Kátia Rabello seria do núcleo financeiro do esquema, segundo denúncia feita pelo Ministério Público Federal e sustentada, na última sexta-feira, pelo procurador-geral da república, Roberto Gurgel.

Nas palavras do procurador, Marcos Valério contou com “a indispensável colaboração dos sócios Cristiano Paz e Rogério Tolentino na operação do esquema do mensalão”.

De acordo com Gurgel, perícias realizadas pelo Instituto Nacional de Criminalística comprovaram que Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, outro sócio de Valério (cuja defesa foi apresentada ontem), participaram ativamente de todas as fraudes contábeis realizadas nas empresas SMP&B Comunicação Ltda. e DNA Propaganda. O objetivo era o de ocultar o destino dos valores destinados ao esquema ilícito protagonizado por José Dirceu, chefe da quadrilha do mensalão.

Para Gurgel, Paz e Hollerbach tinham conhecimento da atividade ilícita, tanto que assinaram, juntamente com Marcos Valério, os contratos de empréstimos simulados firmados com os bancos Rural e BMG.

O procurador-geral disse que Rogério Tolentino participou do desvio de R$ 73.851.000,00 de recursos do Banco do Brasil. “A empresa Rogério Lanza Tolentino & Associados Ltda. foi responsável por uma complexa operação de lavagem para ocultar parte do valor desviado – R$ 10 milhões – utilizados para financiar o esquema de cooptação política”, sustentou Gurgel.

Cada um dos advogados terá uma hora para a apresentação da defesa de seus clientes.

 

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