“Não se aceita o ‘vale-tudo’ nas campanhas eleitorais, que apenas tem o intuito de degradar o adversário”. Foi o que disse o juiz eleitoral Henrique Harris Junior na sentença que proibiu a veiculação de publicidade de Fernando Haddad e concedeu Direito de Resposta a José Serra em tempo correspondente ao utilizado pelo Partido dos Trabalhadores para veicular a publicidade contra Serra.
Só neste sábado, 20/10, foram duas as condenações da Justiça Eleitoral a Haddad e ao PT por ataques a Serra. Outras quatro já tinham ocorrido nesta campanha.
Durante toda a campanha, Haddad tem mantido uma tática típica do PT, de atacar Serra de forma desleal, com ataques pessoais e muitas vezes preconceituosos, muitas vezes ilegais, como se vê pela série de condenações. Como destacou a sentença do juiz Harris Junior, “nem sempre a ofensa se veicula de modo explícito, direto, muitas vezes se manifestando de maneira insidiosa, por mera sugestão”.
Ao mesmo tempo, Haddad reage às críticas à sua campanha como “ataques pessoais”. É uma forma de esconder o fato de que o candidato petista não tem propostas e nem quer de fato discutir a cidade. Também foge de discutir valores, nega-se a falar do Mensalão e de José Dirceu, seu guru político, que segue opinando sobre a campanha.
Mas tudo tem limites, como mostrou a sentença do juiz Harris Junior, condenando o “vale-tudo” de Haddad.