O Líder do PSDB, Alvaro Dias, protocolou nesta semana, na CPI do caso Cachoeira, 19 novos requerimentos pedindo quebra de sigilo fiscal, telefônico e bancário de diversas empresas identificadas como “laranjas” do esquema corrupto do contraventor. O senador tucano também solicita, em seus requerimentos, a convocação de pessoas identificadas como sócias das empresas de fachada que receberam repasses de recursos da empresa Delta Construções.
Conforme explica o Líder do PSDB na justificativa de seus requerimentos, as investigações da Polícia Federal revelaram uma série de ligações entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e a empresa Delta, com indícios de repasses para contas bancárias de empresas de fachada . Segundo afirma Alvaro Dias, os relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), analisados pela equipe técnica do PSDB, listam diversas empresas de fachada registradas em nomes de pessoas que possuem alguma ou mesmo nenhuma ligação com a quadrilha de Cachoeira. Em alguns casos, pessoas foram cooptadas para abrir empresas ou assinaram procurações, e se tornaram sócias das empresas sem terem conhecimento das atividades criminosas das mesmas.
“A quebra de dados sigilosos torna-se imprescindível à consecução das investigações a cargo da Comissão Parlamentar de Inquérito, uma vez que as diversas empresas identificadas nas investigações da Polícia Federal e do Ministério Público tiveram movimentações atípicas a partir de envolvimento com a Delta nacional, maior distribuidora de recursos da organização criminosa”, defende Alvaro Dias.
Em seus requerimentos, o senador Alvaro Dias lista 16 empresas que de alguma forma fizeram parte da rede criminosa Delta-Cachoeira, como beneficiários que direta ou indiretamente receberam recursos. Pelas contas bancárias de empresas como Carfilub Hidráulica Motores, CBEMI Construtora, D.L. Ferro Costa, Construtora Castilho, Marelli Transportes, Terramaq Locação de Máquinas, entre outras, foram depositados milhões de reais pela Delta, e dentro do modus operandis da organização, o dinheiro era sacado na “boca do caixa” por pessoas ligadas ao grupo de Cachoeira.
Os requerimentos podem ser votados já na próxima reunião administrativa da CPI do caso Cachoeira, que deve ocorrer na terceira semana do mês de outubro.