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Líder diz que mensalão só não influenciou mais a eleição porque oposição teve poucos candidatos

Senador Alvaro Dias falou sobre o mensalão e eleições

Em debate na Band, realizado neste domingo(07/10) logo após o encerramento da votação, o Líder do PSDB, senador Alvaro Dias, disse que o julgamento do mensalão influenciou os eleitores, e que só não pesou mais na eleição municipal porque a oposição teve poucos candidatos, e houve constrangimento em explorar o mensalão por causa das alianças: “Dizer que o mensalão não influenciou a eleição é subestimar a inteligência das pessoas. Mas, na maioria dos estados, as alianças foram estapafúrdias. No meu Estado, por exemplo, não participei da campanha porque nas grandes cidades todos os candidatos eram da base aliada”, disse.

No debate, conduzido pelo jornalista Ricardo Boechat, e que teve a participação do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e do cientista político Antônio Lavareda, o Líder Alvaro Dias disse que o atual modelo dos partidos está esgotado: “Os partidos não existem mais, são apenas siglas para registro de candidaturas, sem nenhum comprometimento com o eleitor. É o resultado desse sistema de cooptação de partidos que ganhou dimensão nos últimos 10 anos, o que faz com que tenhamos a menor oposição da histórias. E, nos estados, os governadores também fazem a cooptação dos partidos, e o partido do próprio governador acaba ficando em segundo plano”, disse.

Sobre a efetividade da Lei da Ficha Limpa nestas eleições, Alvaro Dias disse que a Lei foi um passo muito importante, mas precisa ser aperfeiçoada para se tornar mais rigorosa: “A Lei da Ficha Limpa já tirou muita gente do jogo, mas  precisamos ter mecanismos para agilizar o julgamento dos candidatos que estão sendo denunciados. Julgar depois da eleição não adianta”, disse em referência a mais de duas mil candidaturas sub-júdice. O Líder falou ainda sobre o comportamento do eleitor em algumas cidades, optando por candidatos mais independentes: “No Paraná, havia dois candidatos fortes – um apoiado pelo governo estadual e outro pelo governo Federal – e, no entanto, o preferido nas pesquisas não estava ligado a partido grande, e tinha pouco tempo de TV”, destacou.

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