Lula discursou em um comício do Padilha, em Santo André. Deem a ele um microfone e um palanque e ele vai jorrar a moral petista para quem quiser ouvir. Para atacar o governador Alckmin disse: “Agora, a coisa tá tão grave que é pobre roubando pobre. Eu antigamente via: ‘bandido roubou um banco’. Eu ficava preocupado, mas falava: pô, roubar um banqueiro… O banqueiro tem tanto, que um pouquinho não faz falta. Afinal de contas, as pessoas falavam: ‘quem rouba mesmo é banqueiro, que ganha às custas do povo, com os juros. Eu ficava preocupado. Era chato, mas era… sabe, alguém roubando rico”. Usou como referência um assalto que Joana, uma irmã da Marisa, sua mulher, sofreu na rua, quando um bandido encostou uma arma e pediu o dinheiro e o celular que ela carregava.
Vai daí que o Lula ataca: “Se o Alckmin não tem competência pra fazer as coisas que o governador tem que fazer, nós temos que dizer pra ele: Alckmin, você já está há muito tempo aí. Saia. E deixa o jovem Padilha governar esse Estado para as coisas começarem a melhorar.” .
Lula, o mesmo que possibilitou aos banqueiros lucros “como nunca antes nesse país”, que voa em jatinhos de empreiteiros para fazer suas palestras muito bem remuneradas, não tem pejo de, no palanque, dar lições de moral que justificam assaltos desde que sejam os senhores das elites os atingidos. E, de quebra, acusar o Alckmin de responsável pelos assaltos contra os pobres.
Essa moral não é nova. Vale tudo. “Fazer o diabo” para ganhar, como ensina Dilma Rousseff, a sua mais dileta criação.
No passado era aceito em parte da esquerda o conceito de que os fins justificam os meios. Se os fins que se pretende são virtuosos, valeria expropriar os ricos e poderosos. Seria moralmente aceitável assaltar, por exemplo, banqueiros e bancos, como ensina o Lula e como muitos petistas no passado já fizeram, inclusive a citada dileta criação.
Com duras penas a lição que nos deu o período estalinista na União Soviética é que quando os meios não são lícitos ou não são moralmente aceitáveis, os fins, teóricos, que se almeja não são alcançados. Chega-se, apenas à substituição das elites no poder, tão danosas quantas aquelas que se pretendeu combater.
O petismo é o estalinismo dos tempos atuais em um país latino ainda pobre e atrasado que conta com gente que se diz de esquerda mas que está mais para o corporativismo fascista do que para aceitar a democracia como o bem maior em que a verdadeira esquerda deveria se assentar.
Lula discursou em um comício do Padilha, em Santo André. Deem a ele um microfone e um palanque e ele vai jorrar a moral petista para quem quiser ouvir. Para atacar o governador Alckmin disse: “Agora, a coisa tá tão grave que é pobre roubando pobre. Eu antigamente via: ‘bandido roubou um banco’. Eu ficava preocupado, mas falava: pô, roubar um banqueiro… O banqueiro tem tanto, que um pouquinho não faz falta. Afinal de contas, as pessoas falavam: ‘quem rouba mesmo é banqueiro, que ganha às custas do povo, com os juros. Eu ficava preocupado. Era chato, mas era… sabe, alguém roubando rico”. Usou como referência um assalto que Joana, uma irmã da Marisa, sua mulher, sofreu na rua, quando um bandido encostou uma arma e pediu o dinheiro e o celular que ela carregava.
Vai daí que o Lula ataca: “Se o Alckmin não tem competência pra fazer as coisas que o governador tem que fazer, nós temos que dizer pra ele: Alckmin, você já está há muito tempo aí. Saia. E deixa o jovem Padilha governar esse Estado para as coisas começarem a melhorar.” .
Lula, o mesmo que possibilitou aos banqueiros lucros “como nunca antes nesse país”, que voa em jatinhos de empreiteiros para fazer suas palestras muito bem remuneradas, não tem pejo de, no palanque, dar lições de moral que justificam assaltos desde que sejam os senhores das elites os atingidos. E, de quebra, acusar o Alckmin de responsável pelos assaltos contra os pobres.
Essa moral não é nova. Vale tudo. “Fazer o diabo” para ganhar, como ensina Dilma Rousseff, a sua mais dileta criação.
No passado era aceito em parte da esquerda o conceito de que os fins justificam os meios. Se os fins que se pretende são virtuosos, valeria expropriar os ricos e poderosos. Seria moralmente aceitável assaltar, por exemplo, banqueiros e bancos, como ensina o Lula e como muitos petistas no passado já fizeram, inclusive a citada dileta criação.
Com duras penas a lição que nos deu o período estalinista na União Soviética é que quando os meios não são lícitos ou não são moralmente aceitáveis, os fins, teóricos, que se almeja não são alcançados. Chega-se, apenas à substituição das elites no poder, tão danosas quantas aquelas que se pretendeu combater.
O petismo é o estalinismo dos tempos atuais em um país latino ainda pobre e atrasado que conta com gente que se diz de esquerda mas que está mais para o corporativismo fascista do que para aceitar a democracia como o bem maior em que a verdadeira esquerda deveria se assentar.
Uma recomendação e um registro
Acabei de ler o livro de José Serra, “Cinquenta Anos Esta Noite”. Um relato de um período de sua vida, muito bem escrito e de relevante interesse histórico. Recomendo a sua leitura.
Aliás, vim agora de uma caminhada em Taboão da Serra, com ele, Aécio, Aloysio e Alkmin. Ele chegou antes da hora marcada e antes dos demais candidatos. O registro é justo.
Acabei de ler o livro de José Serra, “Cinquenta Anos Esta Noite”. Um relato de um período de sua vida, muito bem escrito e de relevante interesse histórico. Recomendo a sua leitura.
Aliás, vim agora de uma caminhada em Taboão da Serra, com ele, Aécio, Aloysio e Alkmin. Ele chegou antes da hora marcada e antes dos demais candidatos. O registro é justo.