O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu desembarcar na campanha de Fernando Haddad (PT) na disputa pela reeleição em São Paulo. O objetivo seria turbinar a candidatura do atual prefeito, que acumula desempenhos frágeis nas pesquisas. No entanto, para o secretário-geral do PSDB, deputado federal Silvio Torres (SP), Lula está mais interessado em ter um palanque para tentar se defender da série de acusações que pesam sobre ele.
“O Lula, na verdade, não vem para São Paulo para ajudar Haddad, mas para se defender. Ele usa esses eventos de campanha para poder falar com a imprensa, contestar a Lava Jato e se defender das acusações”, avalia.
Segundo o jornal O Globo, o ex-presidente, antes cabo eleitoral de peso em eleições passadas, enfrenta agora o risco de ver candidaturas que apoia em grandes colégios eleitorais não decolarem, como na capital paulista. Pesquisa do Datafolha divulgada na última quinta-feira (22) aponta que Haddad está estacionado em quarto lugar, com 10% das intenções de voto. Além disso, apenas 18% dos paulistanos aprovam sua gestão, que levou nota média de 4,1 em uma escala de zero a dez.
De acordo com o levantamento, o candidato do PSDB João Doria é o preferido de 25% dos entrevistados, contra 22% de Celso Russomanno (PRB) e 20% de Marta (PMDB). O tucano teve o maior avanço em relação à última pesquisa feita pelo Datafolha no dia 8 de setembro, com crescimento de nove pontos percentuais.
“O cenário eleitoral de São Paulo já está praticamente definido, existem três candidatos com mais de 20%, todos com o dobro de Haddad e dois deles irão para o segundo turno. Na minha opinião, João Doria está no segundo turno, foi o que mais cresceu na pesquisa como também possui a menor rejeição na disputa. Os números podem variar um pouco, mas os finalistas estão definidos, que serão Doria, com maior número de votos no primeiro turno, contra Celso Russomano ou Marta Suplicy que estão disputando o segundo lugar”, declarou Torres.
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