Mais uma vez a irresponsabilidade de um governo omisso e que só administra para atender aos interesses do próprio partido irá custar caro para os bolsos de brasileiros. Nesta semana, as manchetes dos jornais nos fizeram lembrar de uma notícia comum nos tempos de inflação alta: “Governo anuncia um novo aumento no preço da gasolina”. A bomba chega em um momento delicado para o país e para os setores produtivos, sempre penalizados pela falta de planejamento econômico. De outra parte, revela que a falácia da diminuição nos valores de conta de luz é apenas uma jogada eleitoral, para deflagrar a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição.
Dias atrás, a presidente – numa evidente ação de promoção pessoal – utilizou as redes de rádio e televisão para anunciar a redução na conta da energia elétrica, mesmo com todo o ônus que o Governo Federal terá de arcar a título de subsídios às concessionárias. Enquanto os consumidores ainda estavam comemorando a medida, vem o balde de água fria. Porém, desta vez, sem pompas, sem pronunciamento em rede nacional e sem o costumeiro traje vermelho de campanha.
Como acreditar em um governo que dá benefícios a população com uma mão e os tira com a outra? É indiscutível a necessidade da redução das contas de energia elétrica, bem como a extensão do serviço para regiões extremas do país. O que se discute é o uso eleitoral de temas e recursos públicos.
Seria uma ação séria se o Governo Federal tivesse adotado medidas responsáveis para suavizar o bolso do contribuinte, como a simples redução da carga de impostos embutidas na cobrança. Mas a necessidade de Dilma em reafirmar sua candidatura à reeleição falou mais alto do que as necessidades da população. E lá vamos nós, outra vez, pagar a conta de uma campanha eleitoral antecipada direto nos postos de gasolina.
E nesta conta também pagaremos pela tentativa de salvação da Petrobrás, sucateada por um aparelhamento que visou atender, como sempre, a interesses políticos da companheirada. Sim, a estatal mais importante do país que, em outros tempos, era apontada como exemplo para o mundo em extração e distribuição de petróleo, está quebrada. Trata-se de outra lambança do governo petista que colocou em jogo, entre outros prejuízos, a redução de valor de mercado de um dos principais patrimônios do nosso país.
E como o princípio de “dar uma mão e tirar com a outra” é uma regra a ser seguida pelas gestões petistas, em Guarulhos os contribuintes estão pagando a conta de um estelionato eleitoral ocorrido em 2012, aquele que – à base de mentiras e de muito dinheiro do povo – garantiu a reeleição do prefeito petista, travestido de IPTU. A população paga por anos de negligência de um governo sem preparo e sem comprometimento que impediu, durante 13 anos, o aumento da arrecadação do município por meio da atualização da Planta Genérica de Valores, base para a cobrança do IPTU.
Diferente do Governo Federal, em Guarulhos não há medidas amenizadores como redução no pagamento de tributos. Indiferente ao assunto, o atual prefeito foi curtir suas férias bem longe da cidade e deixou como porta-vozes de seu governo representantes mal preparados que dão de ombros às reclamações contra o aumento abusivo do IPTU e ainda culpam a população por não ter feito, espontaneamente, a atualização da planta de seu imóvel junto aos órgãos competentes.
Embora estejamos reféns de um governo sectário e tenhamos de pagar contas de ações eleitoreiras, tanto nas esferas nacional como municipal, não nos calaremos diante desses absurdos. Continuaremos chamando a atenção da Justiça para atos irregulares como o de campanha antecipada cometida pela presidente Dilma, em cadeia nacional, para anunciar a pseudo redução na cobrança da taxa de luz e a cobrança estapafúrdia do IPTU pelo prefeito de Guarulhos. A luz vermelha está acesa. O alerta está dado. Pena que os tanques dos automóveis, que enchem nossas ruas, ficarão cada vez mais vazios.