O deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP), relator da comissão especial sobre o fim do voto secreto, criticou o PT por protelar a sessão em que será apresentado o parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
O relatório está pronto e o tucano não entende por que o presidente da comissão especial, Sibá Machado (PT-AC), retirou a discussão da pauta duas vezes.
“Essa atitude nos faz crer que há um sentido protelatório na decisão do PT, que comanda a comissão e não permite a realização do sobre o relatório”, ressaltou
Para Macris, a demora em apreciar o tema é inadmissível. A sociedade não aceita mais o voto secreto e quer saber como vota o parlamentar. Um dos casos recentes de sigilo foi o processo de cassação do deputado Natan Donadon, condenado pela Justiça e absolvido pelo Plenário.
“O eleitor tem o direito de saber como votou o seu deputado nessa hora. Tenho a impressão que a relação entre eleitor e representante será muito mais forte e transparente se o representante mostrar cada ato praticado aqui no Congresso Nacional. E o voto aberto é um dos fundamentos mais importantes”, observou.
De acordo com o parlamentar, a protelação do PT em tirar a proposta do papel mostra que o governo tenta proteger deputados condenados no processo do mensalão. “Eu sou obrigado a pensar dessa forma por que o PT está insistindo em segurar a decisão da comissão especial para votar o meu relatório. E isso me leva a considerar essa possibilidade”, argumentou.
No Senado Federal, os parlamentares já aprovaram a instituição do voto aberto. Macris pediu em Plenário que o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), coloque em votação o seu relatório em votação nesta quarta-feira (9) na comissão especial.
Do Portal do PSDB na Câmara
