Início Bancada Macris: em São Paulo, um PT de promessas vazias

Macris: em São Paulo, um PT de promessas vazias

Treze bilhões de reais é o valor aproximado que seria desembolsado pelos cofres públicos caso fossem cumpridas todas as promessas feitas pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Desde que assumiu o cargo, há apenas 77 dias, ele e o secretariado já anunciaram 13 medidas, que incluem promessas de campanha e novos projetos, somando quase R$ 180 milhões gastos por dia, segundo cálculo do jornal Folha de S.Paulo.

Entre as promessas, a construção de unidades hospitalares, incentivos financeiros a empresários que construírem creches e a implementação do Bilhete Único Mensal. Para bancar os custos, a prefeitura pretende recorrer à verba dos governos estadual, federal e de empresas, por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs), além do próprio caixa do município.

Segundo o deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP), a cultura das promessas é recorrente nos governos petistas. “Não há nenhuma diferença no que se faz agora, em relação ao que fez os governos Dilma e Lula, assim como todas as administrações do PT nos estados e Brasil afora. Fala-se muito, promete-se muito e não se faz quase nada”, compara.

O parlamentar tucano considera a postura do prefeito como uma tentativa de “vender ilusões”. “Ele assume dizendo que não tem condições de caixa e começa a fazer promessas atrás de promessas as quais simplesmente não podem ser cumpridas. São vazias, não passam de publicidade. Não é nenhuma novidade, apenas o velho recurso da propaganda que o PT sempre utilizou”, completa.

Os anúncios acontecem em um momento de finanças apertadas. Na tentativa de equilibrar as contas, Haddad determinou, em janeiro, o congelamento de R$ 5,2 bilhões do orçamento deste ano. Há três semanas, foi a vez de seus secretários reverem contratos e cortarem 20% de todas as despesas. Para efeitos de comparação, os R$ 13,9 bilhões em gastos prometidos equivalem a um terço do orçamento da capital.

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