Os deputados federais Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) e Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) endossam a proposta do PSDB que tramita no Senado Federal para destinar 18% do orçamento líquido do governo federal para a saúde. A medida apresentada pelo senador Cícero Lucena (PB) com apoio do presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG), deve entrar na pauta na próxima semana. O objetivo é contratar e qualificar os profissionais, adquirir equipamentos e criar condições para que a população mais pobre tenha um atendimento de saúde com qualidade.
Para Gomes de Matos, saúde não se resume a trazer ao país médicos cubanos. Segundo o tucano, que é médico, é necessário ter todo o conjunto de hospitais, laboratórios, exames no tempo certo e equipamentos de ponta. “Não se trata somente do Mais Médicos. Se trata de termos um serviço que dê respostas aos anseios e às necessidades da população. Então precisamos ter recursos para o sistema SUS. E nada mais justo e transparente do que alocarmos 18% do orçamento. É triste ver a presidente Dilma gastar quase R$ 2 bilhões com propaganda e não ter recursos para saúde”, reclamou.
O deputado Mendes Thame disse que o governo federal precisa saber gerir o dinheiro para evitar o desperdício e melhorar a tabela do SUS. “Melhor administração da saúde e melhor atendimento com respeito para aquelas pessoas que não têm a menor condição de pagar um plano de saúde. Ela depende 100% da saúde pública e deve receber esse atendimento a tempo de salvar a sua vida”, cobrou.
A proposta do senador Cícero Lucena prevê que os repasses de recursos para a saúde atinjam o percentual de 18% do orçamento líquido em quatro anos e que o governo federal restabeleça a sua responsabilidade, como fazem os estados e municípios. A matéria tem a aprovação do movimento Saúde Mais Dez, que luta pela ampliação dos recursos públicos para o setor.
A saúde pública é uma grande preocupação do presidente Aécio Neves. Os tucanos conseguiram aprovar no Senado um requerimento para incluir na proposta do Orçamento Impositivo emenda destinando mais dinheiro para a Saúde. Enquanto a proposta do governo significa R$ 64 bilhões a mais em cinco anos, o PSDB quer o dobro (R$ 128 bilhões) em quatro anos.
