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MASSAFERA DISCUTE SUSTENTABILIDADE DA CITRICULTURA

O deputado estadual Roberto Massafera (PSDB-SP) reuniu-se com o presidente do Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura), Lourival Mônaco, para discutir soluções de combate às pragas e a sustentabilidade do setor. No Estado de São Paulo, a citricultura gera 400 mil empregos diretos.

“A laranja gera riqueza, emprego e renda para milhares de brasileiros. É um dos setores onde o País é competitivo no mercado internacional. A Assembleia Legislativa, o governo do Estado, a indústria e os produtores, todos terão de encarar o desafio de manter a citricultura em condições de criar oportunidades para quem quer trabalhar”, considerou Massafera.

Lourival Mônaco solicitou apoio do parlamentar no sentido de agilizar e potencializar as ações fitossanitárias, principalmente de combate ao greening, doença causada por uma bactéria que reduz a produtividade dos pomares. A única solução disponível atualmente é a erradicação das plantas infectadas.

Três gerentes do Fundecitrus também participaram da reunião: Juliano Ayres (científico), Cícero Massani (técnico) e Antônio Dias (administrativo). Para os técnicos da entidade, o governo do Estado pode contribuir bastante com campanhas de conscientização junto aos produtores pela necessidade de inspeção dos pomares e erradicação das plantas doentes.

O Fundecitrus alerta ainda para a necessidade de se fazer cumprir com maior agilidade a Instrução Normativa (IN) 53 de outubro de 2008 editada pelo Ministério da Agricultura. Ela atribui aos Estados a responsabilidade de fiscalizar e fazer o controle do greening. Segundo o Fundecitrus, só neste ano foram detectadas 2 milhões de árvores doentes, mas apenas 550 mil foram cortadas.

Entre outras exigências, a IN 53 prevê a necessidade de erradicação do talhão onde os sintomas do greening manifestar-se em mais de 28% das plantas. A partir desse índice, os estudos científicos mostram que não é mais possível conter o avanço da doença. Abaixo desse índice, apenas as árvores com a doença devem ser erradicadas.

“Temos de criar cadeias produtivas sustentáveis do ponto de vista ambiental, social e econômico. As culturas que mais empregam em São Paulo são a cana e a laranja. Na cana, a proibição das queimadas e a mecanização crescente reduzem o emprego de mão-de-obra intensiva. Se, ao mesmo tempo, a citricultura seguir o caminho de reduzir contratações, as perspectivas são alarmantes”, alerta Massafera.

Acredita-se que o greening foi importado da Ásia em mudas que entraram no País ilegalmente há cerca de dez anos. Desenvolveu-se rapidamente porque encontrou no País o inseto vetor da doença, que dissemina a bactéria de uma planta para a outra.

Preço – Nesta quarta-feira, 22, a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa reúne-se para discutir a formação de preços da laranja. A questão das doenças está intimamente ligada ao mercado, já que 50% dos custos de produção agrícola são fitossanitários.

A expectativa é que a indústria esteja representada na reunião pelo presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), Christian Lohbauer. O setor estaria disposto a discutir um contrato padrão de compra de laranja com preço indexado a fatores de produção e de consumo, semelhante ao que ocorre no mercado da cana de açúcar.

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