Início Bancada Mendes Thame afirma que gastança do governo levou à queda do superávit

Mendes Thame afirma que gastança do governo levou à queda do superávit

Deputado Mendes Thame (PSDB-SP)

O superávit primário do Brasil teve queda de 20% no primeiro semestre de 2013. O indicador corresponde agora a 2,25% do Produto Interno Bruto (PIB) – o pior desempenho para os seis meses iniciais do ano desde 2001, quando foi iniciada a série histórica do Banco Central. O secretário-geral do PSDB, deputado federal Mendes Thame (SP), afirmou que o dado é resultado do caótico desempenho do governo federal na condução da política econômica, afetada pelos altos índices inflacionários e crescimento pífio.

“A queda do superávit é uma consequência da gastança, da incapacidade desse governo de diminuir seus gastos de custeio”, avaliou o parlamentar, integrante da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.

“Conforme vão gastando mais, vai se tornando necessário aumentar a dívida pública, e, à medida que gastam mais, sobra menos para os investimentos, e menos competitividade para a nossa produção”, explicou.

Criado durante a administração de Fernando Henrique Cardoso, o sistema de metas do superávit primário – esforço dos governos federal, estaduais e municipais para o pagamento de juros da dívida – foi uma das medidas desenvolvidas pela gestão tucana para alcançar a estabilidade econômica, evitando que o Brasil sofresse os impactos da crise internacional.

No entanto, as metas têm sido cada vez mais difíceis de atingir. Nos últimos 12 meses, encerrados em junho, o resultado ficou abaixo do percentual de 2,3% do PIB fixado pela presidente Dilma Rousseff.

Para Mendes Thame, o “epicentro e embrião de todos os problemas” é o gasto desenfreado na manutenção da máquina pública.

“A todo o momento, o governo petista manda projetos para criar novos cargos aos seus apadrinhados. É um novo trem da alegria, um verdadeiro transatlântico. Quando Lula assumiu a presidência, os gastos com funcionários eram algo em torno de R$ 80 bilhões. Hoje são R$ 210 bilhões. Quer dizer, é algo que beira o fantástico, e que não traz nenhum tipo de retorno ou benefício para a população”, acrescentou.

Contabilidade criativa – O deputado tucano criticou ainda as recentes operações de contabilidade criativa, elaboradas pelo governo federal com o objetivo de cumprir as metas fiscais.

“São artifícios que têm vida curta. Hoje já temos pessoas na Academia e institutos de pesquisas capazes de perceber essas manipulações contábeis. Quando isso tudo vem a público, contribui apenas para aumentar o descrédito na contabilidade pública oficial”, completou.

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