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Ministra Rosa Weber vota pela condenação de Cunha, ex-diretor do BB, Valério e ex-sócios por três crimes

A ministra Rosa Weber seguiu o voto do ministro-relator do mensalão, Joaquim Barbosa, e votou pela condenação dos réus João Paulo Cunha (deputado federal do PT), Marcos Valério (publicitário, apontado como o operador do mensalão), Cristiano Paz e Ramon Hollberbach (ambos ex-sócios de Valério) por três crimes. Weber também votou pela condenação do ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. O voto da ministra foi proferido nesta nesta segunda-feira (27) no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, na 15ª sessão do julgamento.

Weber votou pela condenação dos quatros primeiros réus pelos crimes de peculato. Sobre o deputado, a ministra votou pela condenação por corrupção passiva e, para os outros três réus, por corrupção ativa. As condenações referem-se aos contratos de publicidade assinados pela Câmara dos Deputados com as empresas de Valério na época em que a Casa era presidida por Cunha entre 2003 e 2005, na época do suposto esquema.

Cunha, que atualmente é deputado federal e único dos réus candidato nas eleições deste ano –ele concorre à Prefeitura de Osasco (SP)–, é acusado de ter recebido R$ 50 mil do publicitário Marcos Valério em troca de favorecimento à agência SMP&B em uma licitação para contratos com a Câmara.

Já sobre o segundo crime de peculato, Weber absolveu Cunha e o grupo de publicitários, contrariando Barbosa e seguindo o voto do revisor Ricardo Lewandowski, e decidiu se abster quanto à acusação de lavagem de dinheiro –crime que deve se analisado pela ministra em outro momento.

A segunda acusação de peculato diz respeito à contratação da empresa IFT, do jornalista Luiz Costa Pinto, para a realização de serviços de comunicação à Câmara dos Deputados. Segundo a Procuradoria Geral da República, o jornalista prestava assessoria pessoal ao presidente da Câmara, João Paulo Cunha. A ministra concluiu não haver provas para condenar Cunha.

Sobre os crimes imputados ao ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato –referente a contratos entre o banco e a agência de Marcos Valério–, Weber seguiu os votos do relator e do revisor e foi a favor da condenação por dois peculatos e corrupção passiva. Pizzolato é acusado de favorecer as empresas de Valério ao adiantar valores do chamado fundo Visanet e de receber R$ 326 mil por beneficiar o grupo de publicitários.

O ex-secretário de Comunicação do governo Lula, Luiz Gushiken, foi absolvido pela ministra, assim como já havia ocorrido no voto do relator e o revisor.

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