A montagem produzida pela campanha de oposição de uma página do jornal Cruzeiro do Sul, com o objetivo de atacar, sem fundamentos, o candidato do PSDB à Prefeitura de Sorocaba, Pannunzio, repercutiu na imprensa nacional.
O UOL, portal líder em audiência na internet brasileira, através do seu Portal Imprensa, destacou a notícia e a indignação do jornal Cruzeiro do Sul, que viu seu conteúdo ser manipulado pela campanha da oposição.
Jornal Cruzeiro do Sul
O jornal Cruzeiro do Sul, por duas vezes, teve que desmentir a campanha da oposição. Na primeira, na edição desta sexta-feira (19), quando noticiou que Pannunzio iria processar os opositores por falsidade ideológica e montagem, o jornal foi claro e lamentou o fato.
“Sem discutir o mérito das razões de cada um dos oponentes, o Cruzeiro do Sul lamenta que o seu conteúdo editorial seja usado de forma distorcida no processo ora em curso. O jornal sempre manteve uma linha ética e imparcial, que não contempla tendências, ou cores partidárias. A reprodução no horário eleitoral de notícias publicadas por jornais, quaisquer que sejam os veículos, deve atentar para critérios que primem pela verdade acima de tudo. Não se constrói a democracia a partir de premissas infundadas”.
Na sequência, na edição desta sábado (20/10), em resposta a uma carta do marqueteiro da campanha da oposição, Antônio Melo, o jornal foi enfático:
“Não queira o sr. Melo tirar-nos a primazia da surpresa e da indignação. Surpreso e indignado está este jornal, por constatar que um jornalista com 30 anos de profissão não vê problema algum em “rediagramar” uma página publicada de jornal impresso (portanto, um elemento documental, com valor jurídico inclusive), e apresentar sua “nova versão” ao público. A exibição de páginas impressas, na campanha eleitoral, não tem outra função senão “documentar”, visualmente, aquilo que se afirma. Logo, se a peça televisiva não afirmou “em nenhum momento” que aquela não era uma reprodução fac-similar, deveria, por dever ético, esclarecer aos espectadores que se tratava de uma montagem. Com sua bagagem em redações e campanhas, o missivista deveria saber que a diagramação é um elemento importante do processo de edição do jornal impresso. É a diagramação que indica o grau de importância de um assunto segundo a avaliação do jornal, destacando, pela disposição dos textos e tamanho dos títulos, uma hierarquização dos fatos, que está na essência do jornalismo impresso. Graças a sua intervenção, que o sr. Melo julga normal, o que era nota de duas colunas virou destaque de página, algo impensável para o jornalismo televisivo ético, que manda mostrar os documentos impressos exatamente como são e destacar com zoom, traçado, seta ou outro elemento visual o trecho para o qual se procura chamar a atenção (é aceitável, também, para destacar uma matéria, o desfoque do restante da página, até porque isso não envolve mudanças na disposição e conteúdo). Cabe também, a título de restituir a verdade histórica, e já que este jornal foi colocado como “testemunha” de supostos fatos por ele noticiados, esclarecer aos leitores que, ao contrário do que afirmou a propaganda televisiva da coligação “Sorocaba do Bem”, a notícia do Cruzeiro do Sul de 18/8/1991 em nenhum momento informou que o então prefeito Antônio Carlos Pannunzio “prometeu” um hospital municipal. O texto afirma, literalmente: “O prefeito Antônio Carlos Pannunzio pediu há dez dias ao Ministério da Saúde verbas para a construção de um Hospital Geral na zona norte da cidade.”
Ação na Justiça
O candidato Pannunzio45, da coligação Amor e Respeito por Sorocaba, já encaminhou à Justiça Eleitoral três medidas contra o candidato a prefeito da oposição. As medidas correspondem a pedido de direito de resposta, representação e notícia-crime eleitoral.