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Na TV Câmara, Macris atribui apagões ao fraco planejamento do governo no sistema elétrico

O 1º vice-líder do PSDB na Câmara, deputado Vanderlei Macris (SP), foi o entrevistado do programa Palavra Aberta, da “TV Câmara”, exibido nesta segunda-feira (17). O tucano abordou o drama dos apagões de energia elétrica no país, motivo de preocupação dos brasileiros. O parlamentar defendeu recentemente a convocação do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para dar esclarecimentos sobre o recente blecaute que atingiu 10 estados e cerca de seis milhões de consumidores. Para o tucano, os problemas que atingem o setor vão muito além deste último grande apagão.

“Isso é apenas um sintoma, é febre do doente. A causa é um sistema que foi montado, está esgotado e precisa de muitos investimentos. Investimentos estes que não foram feitos. Portanto, a vinda do ministro se faz necessária. Ele precisa e deve explicar algumas questões importantes que são colocadas em função do agravamento desse sistema”, ressaltou.

O ministério tem a responsabilidade de fazer um grande planejamento a cada 10 anos. Baseadas neste estudo, segundo Macris, as empresas fazem investimentos. No plano de mobilização de 2012, a EPR, empresa de planejamento energético, previa que entrariam em operação no sistema 2.340 quilowatts. Desta previsão entraram apenas 480 quilowatts. Ou seja, 80% a menos do previsto.

“Quando você faz um planejamento em longo prazo e atrasa os investimentos, temos ações atrasadas. Por exemplo, nas três grandes usinas Belo Monte, e outras que começaram muito timidamente a funcionar, começam a comprometer demasiadamente o sistema”, disse.

De acordo com o parlamentar, a diferença da redução no preço das contas de luz é paga pelo Tesouro Nacional, tirando dinheiro de outras áreas importantes como a saúde. “Portanto, já temos R$ 9 bilhões previstos no orçamento de 2014 para pagar a conta. Não vamos pagar o aumento na conta de energia, mas vamos pagar aumento no imposto. Porque este dinheiro vem do orçamento e o orçamento é feito com o dinheiro que a gente paga”, lamentou.

Racionamento
O nível dos reservatórios de água das hidrelétricas do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste caiu de 40,1% para 37,6% desde o início de fevereiro. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), este é o menor percentual para o período desde 2001. Para Macris, existe risco de racionamento se a dificuldade para enchimento dos reservatórios durar mais 15 dias.

“É um sistema absolutamente esgotado que o governo não planejou. Vou dizer uma coisa com todas as letras: é responsabilidade absoluta da presidente Dilma, porque ela foi secretária da Energia lá atrás no governo do Sul; depois foi ministra de Minas e Energia. Poderia ter montado um sistema confiável em condições de dar suporte às necessidades do país, mas não fez”, observou.

Do Portal do PSDB na Câmara

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