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Não era para fazer campanha, mas eu fiz!

‘Não era para fazer campanha, mas eu fiz’, assim falou Eleonora Menicucci, ministro da Secretaria de Políticas para as Mulheres, em evento em São Paulo no qual anunciou a criação de uma casa provisória para mulheres vítimas de violência e no qual o ministro/candidato Padilha participou, sem qualquer necessidade pelo ofício que exerce relatando, em tom de campanha, as ações do seu ministério em todas as áreas.

“O Padilha dispensa comentários e elogios, mas eu vou fazer….lamento que eu vou te perder como ministro, mas eu vou te ganhar como governador”, sentenciou a ministro e, sob aplausos, completou: “Não era para fazer campanha, mas eu fiz”.

Eleonora não cometeu um deslize. Ela sabia o que estava fazendo. Estava, conscientemente, desrespeitando a lei eleitoral. Alguém como ela, exercendo funções de alto nível na República, deveria dar exemplos de cumprimento das leis. Vai lhe custar uma multa, apenas.

Não a preocupa. Se o chefe maior, o Lula, era useiro e vezeiro em descumprir a lei eleitoral durante o seu mandato, ridicularizando as multas que recebia, pagas pelo seu companheiro de olhos amendoados, e a própria sub chefe, a Dilma Roussef, o faz constantemente, por que ela, desconhecida, deveria se enrustir?

Afinal essa minha indignação parece suprema ingenuidade desse escriba. Se eles fizeram e fazem tudo o que se conhece, e muito mais que não se divulga – mas se conhecerá um dia – por que a surpresa? É fato, mas continuo fazendo esse papel quixotesco, com um exército Brancaleone a cutucar essa gente que está no poder e que não merece nosso respeito.

Não me omito. Já passei por algo semelhante, quando enfrentamos – eu e outro pequeno exército Brancaleone – a ditadura, no início dos anos 70. Não demorou muito tempo, crescemos e a derrotamos. Não demorará muito tempo vamos também derrotar os atuais donos do poder.

Aliás isso vai acontecer quando você que costuma me escrever reclamando dos outros resolver pegar suas armas ( não as de fogo ) – as que puder – e tirar o bum bum da cadeira para somar e não subtrair. Seremos milhões.

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