Início Bancada “Não há fatos novos que justifiquem convite de FHC”, diz Thame

“Não há fatos novos que justifiquem convite de FHC”, diz Thame

Para Thame, PT quer desviar foco

O líder da Minoria na Câmara, deputado federal Mendes Thame (PSDB-SP), avaliou como despropositado o convite ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para depor na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso. A medida foi aprovada hoje por parlamentares da base aliada que integram o colegiado.

“O convite a FHC não faz sentido. Não há fatos novos que o justifiquem. O PT está tentando colocar o PSDB como envolvido em coisas que já foram esclarecidas pela Polícia Federal (PF) e pelo Poder Judiciário. Para nós, é nítida a estratégia petista: tentar desviar o foco que recai novamente sobre Lula”, disse o parlamentar, integrante da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso, responsável pelo único voto contrário ao convite.

Segundo Thame, o ex-presidente Lula passa, atualmente, por um dos momentos mais difíceis desde que deixou a Presidência. O petista voltou ao centro do noticiário após a eclosão de dois recentes escândalos: a operação Porto Seguro da PF, que culminou no indiciamento de sua amiga e ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência, em São Paulo, Rosemary Noronha, e a revelação de depoimento prestado por Marcos Valério à PF em setembro, no qual Lula foi citado como sido beneficiado com recursos que integravam o valerioduto.

“É ele que está sendo vítima de novas acusações, não FHC. Por isso, deveria exigir esclarecimentos. Não pode mais simplesmente dizer que foi apunhalado pelas costas – se for sempre assim, já podemos dizer que as costas de Lula se parecem com um queijo suíço”, afirmou o tucano.

A comissão também aprovou a convocação do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel. Para tanto, contou com o apoio do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), que teve em Gurgel um dos seus principais alvos durante a CPI do Cachoeira. O procurador também pesadamente atacado por dirigentes petistas nos últimos meses, devido à ação no inquérito do mensalão.

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