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Nem trabalhadores escaparam da ganância petista

A deflagração da Operação Lava Jato, em 2014, tornou claro para todos os brasileiros que as estruturas do Estado tinham sido tomadas por uma organização criminosa que sangrou empresas como a Petrobras para alimentar o caixa de partidos e políticos alinhados com os governos petistas de Dilma Rousseff e Lula. O que surpreendeu a todos na semana passada, após o início da Operação Custo Brasil, foi a falta de escrúpulos dessas pessoas, que não pouparam sequer servidores endividados.

De acordo com as investigações, o esquema desviava taxas pagas por servidores em empréstimos consignados. Ao todo, estima-se que R$ 100 milhões deixaram o bolso dos funcionários federais para irrigar o caixa do PT e de políticos ligados à sigla.

Se assaltar os bolsos dos servidores já é muito, o  que dizer do complemento de renda dos funcionários de estatais comprometido pela má gestão dos fundos de pensão, cujo rombo ameaça deixar milhares de trabalhadores na mão às vésperas da aposentadoria?

Os petroleiros, por exemplo, estão frente a frente com um déficit em seu fundo de pensão, a Petros, de R$ 23,1 bilhões, fruto, primordialmente, do investimento equivocado em empresa envolvida na Lava Jato. Uma conta que, para ser fechada, dependerá de aportes vultosos da própria estatal e dos funcionários envolvidos.

Petros e Postalis (fundo de pensão dos funcionários dos Correios) foram prejudicados ainda por investimentos duvidosos, como a aquisição, em 2011, de debêntures do Grupo Galileo, cujo objetivo era recuperar a Faculdade Gama Filho, do Rio de Janeiro. A operação causou prejuízos de R$ 90 milhões aos fundos e é parte da investigação da Operação Recomeço, deflagrada no final de junho pela Polícia Federal e o Ministério Público.

É lamentável que uma instituição que se denomina Partido dos Trabalhadores tenha utilizado de um momento de fraqueza da classe que supostamente representa para dela tirar vantagem, que tenha tido tão pouco ou nenhum zelo com a administração do futuro dos trabalhadores das estatais e que tenha tratado com total desdém a economia de um país inteiro, deixando como legado anos de sofrimento e desemprego aos trabalhadores brasileiros. O partido que em campanha  vendia a imagem de protetor dos trabalhadores em geral, e dos mais pobres, em particular, mostra pelas páginas policiais sua verdadeira face.

É por essas e por outras que os brasileiros foram às ruas, indignados. Porque o que se vê no Brasil hoje não é uma luta de esquerda e direita, de pobre e elite, de norte contra sul, como quis fazer crer o PT para manter o país dividido e seus esquemas, protegidos. A luta hoje é por recuperar o país, soltar as amarras que nos impedem de ser uma Nação forte. A luta hoje é contra todo e qualquer ato que vá contra a transparência, a lisura e o cuidado com a coisa pública, tão necessários para assegurar um presente digno e um futuro como os brasileiros merecem.

Continuaremos na luta. O Brasil é melhor que essa política feita com p minúsculo. O Brasil é muito maior que o PT.

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