Existe uma razão para irmos às ruas no próximo dia 16 e ela é o sentimento que toda brasileira e todo brasileiro nutre sobre a realidade no dia-a-dia. Está por toda parte, do primeiro sobressalto de denúncia até os efeitos que a corrupção e o desgoverno projetam sobre o país. Tudo ficou mais caro, ao contrário do que ouvimos durante a campanha eleitoral, da cesta básica aos serviços. A falência pública e privada causando demissões, parcelamentos de salários, consequente inadimplência por parte dos brasileiros e, por fim, a sensação de estarmos num barco que afunda em meio a uma tempestade sem fim.
Outro dia, numa cerimônia que reunira mulheres militantes da causa de gênero no Palácio dos Bandeirantes, ouve-se uma voz não identificada entre o público que saudava a chegada do governador Geraldo Alckmin. “Governador, o senhor é a serenidade que o Brasil precisa hoje.” Em São Paulo temos conseguido enfrentar as crises que se refletem em todos os estados do Brasil, isso acontece com as doses necessárias que estes momentos pedem, de razão, realismo, prioridade, informação, transparência e, claro, com o empenho de todos. Quando a liderança é firme neste propósito de encontrar a solução, de acertar o passo da gestão ao momento, o todo se engaja, colabora. Sobretudo quando se tem credibilidade.
O que queremos ao ir para as ruas neste dia 16 é o bem de todas as brasileiras e de todos os brasileiros. Esta mobilização busca avanço por meio de soluções reais, possíveis e assertivas. Vamos com serenidade vestir a camisa da Oposição a Favor do Brasil, levantar esta bandeira, sabendo que ela é a da saída das crises que hoje nos afetam e partir para a estabilidade, depois o desenvolvimento. Nós mulheres estamos acostumadas a ter de batalhar muito, dentro da legalidade e da transparência, pelo nosso espaço. Mesmo quando somos obrigadas a lançar mão de mecanismos como as cotas, que abrem o caminho para podemos alcançar a igualdade, sabemos que a continuidade das conquistas depende desta serenidade que a militante daquele dia enxerga no nosso governador e em seu modo de lidar com as crises, com as situações. Será preciso encarar a inflação, a queda de investimentos, o desemprego, sobretudo vencer a descrença nas instituições, na política, será preciso transformar o que aí está.
Então, é isso que nos levará para as ruas no dia 16, mulheres trabalhadoras, mães e chefes de família, militantes, parlamentares, prefeitas, cidadãs reunidas em mais esta oportunidade de manifestar a nossa vontade de ajudar a virar o jogo. É por todos os brasileiros que precisam voltar a acreditar que é possível ter educação, saúde, trabalho e renda, crescimento e respeito ao próximo. Afinal de contas, o primeiro passo para realizar é acreditar. Eu também vou, pois somos parte desta multidão de indignados que quer construir um país melhor.
*Nancy Ferruzi Thame é presidente do PSDB-Mulher São Paulo e integrante da Executiva Nacional do PSDB