Nas cidades na seca, Dilma teve 5 milhões de votos a mais que seu adversário em 2010, José Serra. Em todo o restante do país, a diferença foi de 7 milhões.
A votação expressiva foi fruto dos programas federais de assistência e de uma forte geração de empregos, ocasionada por grandes obras e pequenos investimentos públicos em urbanização. Os projetos, contudo, não garantiram à população estrutura adequada para passar pela seca.
O governo federal prometeu R$ 2 bilhões em investimentos para minimizar os efeitos da estiagem, mas a ajuda chega de forma irregular e a burocracia impede parte da população de acessá-la.
“Se o governo não tiver dó, não sei como faz”, contou Francisco Ferreira Alves, 42 anos, agricultor em Flores (PE) que perdeu dois de seus sete bois por não poder mais comprar milho –cujo preço pulou de R$ 20 para R$ 45 a saca.
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