“Com relação a matéria publicada nesta terça-feira (6/agosto) no jornal Folha de S.Paulo ligando meu nome a suposto favorecimento no caso Alstom, quero esclarecer:
Fui secretário de Energia do Estado de São Paulo por sete meses: de 26 de janeiro de 1998 a 10 de agosto de 1998. As referidas acusações são de 1997, antes de eu assumir a Pasta, portanto.
Como de costume, o secretário acumula também a Presidência do Conselho da Administração, composto por 15 pessoas, que reunia as empresas Cesp, Cetep, Tietê, Comgas, EPTE, Eletropaulo, Emae, Bandeirantes, Paranapanema.
Nunca tive conhecimento nem sequer houve qualquer discussão em reunião do Conselho dessas empresas sobre o referido aditivo de contrato durante aquele período. As atas das reuniões podem comprovar. O contrato original é de governos anteriores.
Reitero: não discuti nem assinei qualquer contrato ou aditivo que tenha sido ou esteja sendo investigado.
O aditivo mencionado não era da alçada do Conselho de Administração da empresa, mas da diretoria da EPTE ou Eletropaulo, que já estavam lá quando tornei-me secretário.
Temas desta natureza eram decididos, de forma autônoma, no âmbito da Administração Ordinária das empresas de energia.
Importante ressaltar que na época do “bilhete”mencionado na referida matéria – 1997 – eu nem havia sido nomeado secretário, tampouco indicado para o Conselho de Administração das empresas Emae, Comgas, EPTE e Eletropaulo.
Não há qualquer delito ou conduta suspeita de minha parte. Meu nome não aparece em lugar algum, como a própria matéria informa. Os únicos indícios apontados pelo delegado da Polícia Federal são o fato de eu ter sido Secretário de Energia e pertencer ao mesmo partido político que governava São Paulo.
É com muita indignação que vejo meu nome envolvido em denúncias sobre assuntos nos quais jamais tive participação ou conhecimento. Tenho certeza de que os fatos demonstrarão a verdade.
Meu advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira já pediu arquivamento dos autos.
Andrea Matarazzo”