R$ 88,6 bilhões. Este é o possível valor que corresponde ao assalto perpetrado pelas gestões petistas na Petrobras, seja na forma de desvios e corrupção, seja na de negócios mal feitos, ineficiência e desperdício de dinheiro que deveria servir ao desenvolvimento do país. Quem vai pagar por isso?
O tamanho da cifra ainda é alvo de discórdia. Os representantes do governo no conselho de administração da Petrobras impediram que a companhia lançasse o valor como baixa contábil no balanço capenga sobre os resultados do terceiro trimestre do ano passado divulgados na madrugada de ontem.
O ajuste pode ser de “apenas” R$ 61,4 bilhões ou, na conta mais conservadora possível, a corrupção teria surrupiado não mais que R$ 4 bilhões da empresa. Como quer que se olhe, trata-se do maior escândalo financeiro e político da história da humanidade.
Os R$ 88,6 bilhões correspondem a um terço do patrimônio da Petrobras. Mas nada impede que o montante seja ainda maior, porque as estimativas feitas por duas das mais renomadas consultorias internacionais se ativeram apenas ao período de 2004 a 2012.
Ocorre que o próprio Ministério Público Federal, quando pediu a prisão de Nestor Cerveró, afiançou que não há indícios de que a roubalheira tenha sido estancada. Há notícias de continuação do pagamento de propinas até em 2014, com suspeita de terem tido a campanha de Dilma Rousseff à reeleição como destino.
De todo modo, os R$ 88,6 bilhões estimados pelas consultorias são dinheiro inimaginável. Seriam suficientes, por exemplo, para colocar 11,5 milhões de crianças em creches – zerando uma promessa que o PT passou longe de cumprir – ou 51 milhões de jovens em escolas. Este é o custo que o petismo está impondo à sociedade brasileira.
Para se ter ideia, no Brasil apenas três empresas têm ativos totais maiores que o valor do descalabro na Petrobras. Ou seja, a corrupção e a ineficiência registradas nas gestões de Lula e de Dilma custam ao país mais do que valem algumas das maiores companhias brasileiras. Este é o único ativo que o PT é capaz de construir.
Entre os ativos que a Petrobras vai limar de seu balanço estão descalabros como os da refinaria Abreu e Lima – onde R$ 4 bilhões foram gastos antes das obras começarem – e do Comperj. Estão também as duas refinarias Premium que Lula e Dilma prometeram reiteradas vezes para o Nordeste: não saíram do papel, mas consumiram R$ 2,7 bilhões.
O mais grave é que, na sua forma peculiar de ver as coisas, a presidente da República continua achando que a Petrobras dispõe da “mais eficiente estrutura de governança e controle que uma empresa estatal, ou privada já teve no Brasil”. É por esta razão que, nas barbas de Dilma Rousseff, tanto dinheiro esteja sendo roubado do povo brasileiro.