O principal legado deixado pelo presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), foi o estímulo à renovação da sigla e o fortalecimento da oposição ao governo do PT. Essa é a avaliação feita pelo secretário-geral do partido, deputado federal Rodrigo de Castro (MG), e o vice-presidente Eduardo Jorge Caldas Pereira, ex-secretário geral da Presidência no governo de Fernando Henrique Cardoso.
“Sob o comando de Sérgio Guerra, o PSDB conseguiu manter-se como alternativa de poder ao país”, disse Eduardo Jorge.
Entre as contribuições de Guerra, Rodrigo de Castro ressaltou a criação e o fortalecimento de segmentos como o PSDB Sindical, o Tucanafro e o secretariado voltado às causas das pessoas com deficiência.
“Houve a aproximação com esses setores da sociedade e também o surgimento de novas lideranças tucanas, o que fez muito bem para o partido”, declarou o deputado. “São segmentos fundamentais para o ambicioso projeto de renovação do partido”, acrescentou o ex-ministro.
O secretário-geral reiterou também Sérgio Guerra foi o responsável pelo fortalecimento do PSDB em regiões em que a legenda havia obtido um desempenho menor em eleições anteriores, como o Norte e o Nordeste.
“Ele mobilizou o PSDB e alcançou uma população que tem vontade de mudar, que não está satisfeita com a gestão do governo federal”, destacou.
Legado – A valorização do governo de Fernando Henrique Cardoso é outro ponto que, segundo Castro, faz parte do legado de Sérgio Guerra: “A gestão FHC foi um grande marco para o país. O PSDB só terá futuro se souber valorizar o seu passado. E Sérgio Guerra fez isso”, acrescentou.
Para os tucanos, a atuação parlamentar do deputado pernambucano merece ser celebrada. “Sérgio Guerra colocou o PSDB à frente dos principais movimentos da oposição, em defesa da democracia brasileira e dos interesses do país”, afirmou Eduardo Jorge.
Ele lembrou ainda que a gestão Sérgio Guerra impediu a volta da CPMF ao Brasil e denunciou os principais problemas da administração petista, como o superfaturamento e irregularidades nas obras do PAC, o inchaço e a partidarização da máquina pública, a crise da Petrobras e o caos logístico enfrentado pelo país.
Histórico – Sérgio Guerra preside o PSDB desde 2007. Neste sábado (18), ele passará o comando do partido ao senador Aécio Neves (MG), durante a convenção nacional.
Ele coordenou as duas últimas campanhas do partido à Presidência da República: de Geraldo Alckmin, em 2006, e de José Serra, em 2010.
Sob o seu comando, o partido elegeu governadores em oito estados em 2010 – Goiás, Pará, Paraná, São Paulo, Roraima, Minas Gerais, Tocantins e Alagoas – e, no ano passado, foi a segunda sigla que mais conquistou prefeituras.
Exerceu mandato de senador entre 2003 e 2011, quando voltou à Câmara dos Deputados.
No ano passado, saiu em defesa do Supremo Tribunal Federal, em meio às tentativas do PT e seus dirigentes de desqualificar o julgamento do mensalão do PT.
Foi também um dos responsáveis pela articulação que levou à aprovação da emenda que zerava os impostos sobre a cesta básica – apresentado em julho de 2012 pelo deputado Bruno Araújo (PSDB-PE). O texto foi vetado pela presidente Dilma Rousseff, em setembro do ano passado. Cinco meses depois, denunciou a apropriação da medida pelo governo petista.
Do PSDB Nacional