Alguns anos atrás, o PT foi chamado de “partido da boquinha”. Isso faz muito tempo, quando os petistas ainda não haviam tomado de assalto o governo federal. Com tudo o que aconteceu desde a ascensão de Lula e sob beneplácito de Dilma, a sigla merece nova alcunha: é o partido da bocarra, da boca grande que morde e embolsa o que vê pela frente.
A crônica brasileira já celebrizou o mensalão, tido, até agora, como o maior escândalo de corrupção da nossa história política. Mas o esquema julgado e condenado pelo Supremo Tribunal Federal está se revelando troco perto do que começa a ser revelado do roubo institucionalizado pelo PT na Petrobras.
Vamos às ordens de grandeza: enquanto o mensalão movimentou, segundo o Ministério Público, não mais que R$ 150 milhões, a predação da estatal pode ter atingido R$ 10 bilhões. Ou seja, estamos tratando de escândalo cujas proporções são algumas dezenas de vezes maiores. Em comum, está o principal beneficiário: o PT, partido da candidata-presidente Dilma Rousseff.
Ontem vieram à tona gravações de depoimentos de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, sobre como funcionava o esquema de desvio de dinheiro na empresa. Dos contratos fechados pela área que ele comandava, 2% iam para o PT, recolhidos diretamente pelo atual tesoureiro da legenda, João Vaccari Neto.
Tomando-se por base apenas os contratos fechados durante a gestão de PR Costa, que coincide com o período em que Dilma, primeiro, presidiu o conselho de administração da Petrobras e, depois, a República, são R$ 2,3 bilhões que podem ter irrigado os cofres do partido do governo ao longo de oito anos.
É tanto dinheiro que a melhor providência é compará-lo com o que seria possível construir se o recurso fosse corretamente aplicado em benefício da sociedade, de modo a dimensionar o custo que a corrupção petista impõe aos brasileiros.
Com o dinheiro que Costa informa ter roubado da Petrobras para o PT, daria para pôr 300 mil crianças em creches – daquelas que Dilma prometeu fazer 6 mil e entregou menos de 400 – ou erguer escolas para 1,3 milhão de jovens. Este foi o “relevante serviço prestado” pelo ex-diretor aos brasileiros, pela qual foi cumprimentado pelo atual governo ao renunciar ao cargo…
Em sua propaganda política, a candidata-presidente tem dito que propôs um monte de projetos de lei para combater a corrupção. A maior parte deles, contudo, já tramita no Congresso sem jamais ter despertado o empenho do Palácio do Planalto pela sua aprovação, como mostrou O Estado de S.Paulo na semana passada.
É bem mais simples pôr fim aos descalabros e ao mar de escândalos que têm os petistas como seus principais artífices. Basta no segundo turno da eleição presidencial, que acontece em 26 de outubro, votar para tirar Dilma Rousseff e o PT do poder.