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O PT nem disfarça

Anunciado para este mês, o final do julgamento do Mensalão, com a iminente prisão de membros do alto escalão do PT, somado à derrocada de uma gestão aventureira frente ao Governo Federal, deixam evidente o desespero dos petistas, no governo ou fora dele. Sonho de poder do Partido dos Trabalhadores, o Governo de São Paulo virou alvo de maledicências e foi colocado em suspeição sem direito à defesa. É o caso da investigação da formação de cartel entre empresas do setor de transporte sobre trilhos.

Os processos investigados até o momento pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica, ligado ao governo federal) se referem à formação de cartel por empresas do setor, que teriam se unido para determinar preços e dividir o mercado em licitações em São Paulo e no Distrito Federal (governado pelo PT e sobre o qual não se viu uma linha até agora nos jornais). A encenação preparada para jogar sobre a realidade os factóides que supostamente tiraria o PT da mira poderia ser cômica, não fosse trágica. A população que utiliza os serviços de transporte como o do Metrô e da CPTM sabe o quanto sua ampliação e qualidade interferem no dia a dia. É justamente isso que levou milhares de cidadãos para as ruas recentemente. É isso que o Governo de São Paulo mantém em sua pauta de prioridades e pelo qual trabalha diuturnamente.

Hoje, há quatro obras do metrô em andamento, a maior ampliação nessa área na América Latina. Outras três estão em processo de licitação.

Aliás, não fosse o empenho dos sucessivos governos do PSDB em São Paulo pela melhoria e ampliação dos serviços de transporte sobre trilhos, sem um centavo de ajuda do Governo Federal até agora, não teríamos aqui do que falar. Ao contrário de Salvador, onde há 14 anos se espera a inauguração do sistema de metrô, São Paulo avançou muito nos últimos anos. Como afirmou o governador Geraldo Alckmin, é preciso apuração rápida e bem feita sobre o assunto para que os responsáveis sejam punidos e o Governo de São Paulo possa requerer das empresas a devolução de quaisquer recursos que possam ter sido retirados ilegalmente dos cofres públicos. Sem pirotecnia nem politicagem. O PSDB não tem compromisso com o erro. Queremos investigação imediata. O que não admitimos é que usem o nome de pessoas sérias e honestas, como o governador Geraldo Alckmin, José Serra ou até do saudoso Mario Covas, com fins políticos e eleitorais sem qualquer comprometimento com a verdade dos fatos.

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