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O velho PT de sempre – análise do ITV

O PT reuniu suas principais lideranças no fim da semana passada para ditar ordens a seus comandados. Numa pantomima que só tem paralelos nas práticas de regimes totalitários (de esquerda e de direita) do século passado, o partido que produziu a maior crise da história brasileira age como se não tivesse nada a ver com isso. Tenta reescrever a história com as tintas turvas da mentira.

Um texto divulgado após o evento como “nota de conjuntura” revela o PT de sempre: irresponsável, panfletário e, sobretudo, totalmente descompromissado em relação ao futuro do país. Serve, contudo, como espécie de bula que ventríloquos do petismo passarão a reprisar, sem sequer corar, pelos quatro cantos do país.

O documento petista chega às raias da irresponsabilidade ao sustentar que “o país encontra-se às portas de um Estado de exceção”. Em franco ataque à Constituição brasileira, prega a mobilização de seus sequazes a fim de obter a “convocação de eleições diretas para presidente, visando pôr fim ao atual governo ilegítimo e golpista de Temer”.

Não há uma linha no documento que remeta a discussões prementes para repor o país nos trilhos do crescimento, do desenvolvimento sustentável e das conquistas sociais. Tudo no panfleto do PT são palavras de ordem vazias, diatribes, slogans. De mérito, nada; de construtivo, nem uma vírgula.

Os petistas recorrem a linguagens de guerra para açular sua militância – cada vez menos numerosa, diga-se de passagem – a boicotar o atual governo, travar a necessária agenda de reformas estruturais e, pasmem, promover a volta do falido modelo de governança que produziu a pior recessão da história brasileira, arregimentou o maior exército de desempregados de que se tem notícia por aqui e protagonizou o maior escândalo de corrupção do planeta. Não é pouco.

Cereja do bolo, os petistas desfraldam bandeiras em favor de um hipotético retorno de Luiz Inácio Lula da Silva às disputas eleitorais. Na realidade, seria ótimo se o ex-presidente – hoje réu em cinco processos por crimes como corrupção, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa – concorresse em 2018. Provavelmente levaria a mesma surra que os eleitores brasileiros já dedicaram a candidatos petistas na disputa municipal do ano passado.

O PT tornou-se um espectro de somenos importância no mapa político-partidário brasileiro. Ainda assim, teria importância e poderia merecer alguma consideração se se dedicasse a integrar a união de que os brasileiros necessitam para sairmos do atoleiro em que fomos lançados pelo governo de Dilma Rousseff. Mas o partido prefere agir como sempre agiu: contra o Brasil.

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