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Oposição lança movimento contra a proposta de Dilma de reeditar a cobrança da CPMF

20846173954_f6e53c1385_kO líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), criticou duramente nesta quarta-feira (16) a tentativa do governo Dilma de recriar a CPMF. Junto com outros tucanos, o líder participou do lançamento do movimento “Basta de Impostos”, uma ação suprapartidária liderada pelos partidos de oposição tem o apoio até mesmo de deputados governistas. O objetivo é demonstrar o descontentamento e o sentimento de reprovação da sociedade às medidas anunciadas pelo governo Dilma para cobrir o rombo no Orçamento da União.

“Esse movimento que nasce hoje não é apenas da oposição, mas sim um sentimento da nação, que não suporta mais pagar impostos. O aumento de impostos, quando sugerido pelo governo federal, já nasceu morto nesta Casa”, afirmou Sampaio. “O PSDB vai submeter à Executiva Nacional um não à CPMF para que todos os senadores e deputados tucanos digam não e deem um basta a novos impostos”, completou.

O líder tucano ressaltou que não existem os requisitos básicos para propor ao país um aumento de impostos e por essa razão a sociedade não o aceitará. O movimento da Oposição, de acordo com ele, vai refletir esse sentimento no Congresso.

De acordo com Sampaio, falta credibilidade ao governo para propor a volta da CPMF. “A sociedade tem que ter clareza de que o governo fez sua parte. E a clareza que temos hoje é exatamente o contrário: o governo não reduziu ministérios, não cortou gastos, nem cargos comissionados e quer impor isso goela abaixo da população brasileira”, avaliou, lembrando que Dilma não conta sequer com uma base de sustentação sólida no Parlamento.

A ideia de voltar a cobrar uma contribuição sobre as operações financeiras com alíquota de 0,2% faz parte do pacote de medidas anunciadas pelo governo para tentar reverter a situação das contas públicas deterioradas pela ação do próprio governo do PT. A equipe econômica disse que fará corte de R$ 26 bilhões no Orçamento do próximo ano. Segundo o Planalto, a redução das despesas somada ao conjunto de medidas para aumentar receitas resultará em R$ 64,9 bilhões. Entre elas, a cobrança da nova CPMF, que precisa ser votada e aprovada pelo Congresso Nacional.

Diversos deputados do PSDB participaram do ato contra a ideia de aumentar a carga tributária. Vitor Lippi (SP) destacou que a proposta é inaceitável. “Não é criando imposto para tapar o rombo das contas públicas que vamos resolver os problemas”, disse. “A população está empobrecida,21281049598_5cc4bde800_k estamos vendo um aumento grande de desempregados e as empresas estão fechando. Criar mais impostos só vai agravar a situação, quando sabemos que a causa desse gravíssimo problema é o desgoverno do PT”, alertou.

Eduardo Cury (SP) afirmou que os partidos de oposição estão fechando questão contra a CPMF para defender o bolso do cidadão. Segundo ele, não é justo que tirem do trabalhador ainda mais dinheiro para pagar uma conta que não é dele. “Estão querendo criar novo imposto para cobrir seu rombo de corrupção e gastos desnecessários e ineficiência”, afirmou.

Já Vanderlei Macris (SP) alertou que a proposta não vai encontrar respaldo no Congresso e, caso seja realmente apresentada, será rejeitada. “Vamos derrotar essa proposta do governo Dilma. A CPMF é um imposto que vai pegar pesado com a população e nós não aceitamos mais esse aumento da carga tributária. Vamos votar não a ela e quaisquer novos impostos no Brasil”, disse.

O Planalto argumenta que a criação da contribuição tem viés provisório e objetiva apenas recompor o cofre do governo diante do cenário econômico do país.

(Reportagem: Djan Moreno/ Fotos: Alexassandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo/ Vídeo: Kim Maia)

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