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Para Alvaro Dias, julgamento do mensalão inicia novo tempo na luta contra impunidade

Alvaro Dias, Líder do PSDB no Senado

“O ano de 2012 vai passar para a história como o marco para um novo tempo em que a população começa a acreditar que a Justiça pode derrotar a impunidade”. A afirmação foi feita pelo Líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias, ao fazer um balanço de 2012 e falar sobre as perspectivas para 2013 em entrevista à rádio CBN de Cascavel (PR). Para o senador tucano, o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, em que 25 dos 40 réus foram condenados a penas que incluem até mesmo prisão em regime fechado, estabelece um novo parâmetro de comportamento do Judiciário.

“O que aconteceu no Supremo Tribunal Federal em 2012 foi um julgamento histórico, que não será esquecido, porque certamente estabelece uma nova referência, um novo parâmetro de comportamento do Judiciário em relação a ações que envolvem autoridades públicas. Isso pode significar um novo tempo de esperança para o povo, e como estamos no início de um novo ano, é bom sempre ter esperanças, não ficar apenas com o diagnóstico pessimista, negativo, mas trazer também um pouco de luz e otimismo em relação ao futuro. E ainda teremos pela frente a análise do capítulo não escrito do mensalão, em razão das últimas denúncias de Marcos Valério envolvendo o ex-presidente Lula e outras pessoas, novos fatos que precisam ser investigados”, afirmou o Líder.

Para o senador tucano, a finalização da chamada Ação Penal 470 pode ser mencionada como o “fato do ano”, principalmente por ter, segundo ele, “reabilitado o Poder Judiciário perante a opinião pública, dando exemplo de correção em um julgamento memorável que foi implacável”.

Alvaro Dias salientou na entrevista que além das novas revelações sobre o caso do mensalão, a Procuradoria Geral da República terá também pela frente, neste ano de 2013, a investigação sobre os documentos produzidos pela CPI Cachoeira. O Líder lembra que o PSDB apresentou voto em separado, enviado ao Ministério Público Federal, com mais de 900 páginas, que revelam detalhes das operações para desvio de dinheiro público pelo esquema Delta/Cachoeira.

“O procurador-geral Roberto Gurgel tem sido valente, e ele tem mais algumas missões, como a de adotar os procedimentos judiciários para investigação daquilo que restou da CPI do Cachoeira, que é a Delta e suas empresas laranjas. São mais de 40 empresas sob suspeição que tem que ser investigadas, neste que é um dos maiores escândalos de corrupção do país, em valores financeiros. Temos que continuar esperando que o Ministério Público investigue, porque o Congresso abdicou de sua responsabilidade de investigar. No nosso voto em separado, de mais de 900 páginas, apontamos caminhos para esta investigação e para que seja desvendado o destino de bilhões de reais desviados dos cofres públicos, fato que não pode ficar impune”, defendeu o senador Alvaro Dias.

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