No dia do aniversário de 33 anos do PT, o senador Aécio Neves (MG) subiu à tribuna do Senado para listar o que chamou de 13 fracassos do partido da presidente Dilma Rousseff nos últimos anos. O senador disse que sua fala é uma “colaboração crítica” à prática do PT de exaltar os governos de Dilma e Lula e minimizar os feitos de FHC.
“Qual PT celebra aniversário hoje? O que fez da ética sua principal bandeira eleitoral ou o que defende em praça pública os réus do mensalão? O que condenou privatizações do PSDB ou que as realiza hoje, sem constrangimento? O que defende o Estado forte ou o que coloca e risco as principais empresas nacionais?”, questionou. Vários deputados do PSDB acompanharam o pronunciamento do senador. Confira a avaliação dos parlamentares:
“Discurso incisivo e equilibrado de um líder político. No momento em que o PT retoma suas velhas bandeiras e faz o seu velho discurso, Aécio falou do futuro, como deve ser o Brasil de agora para frente. Sem radicalização e agressão, com absoluta tranquilidade. E pediu democracia e mudanças para o Brasil. Coisa que o povo deseja cada vez mais.”
Sérgio Guerra (PE)
“Um discurso com muito conteúdo e densidade. Eu acho que é irrecusável a argumentação que ele apresenta. De maneira que isso engrandece a democracia brasileira e dá também uma luz de qual deve ser o caminho do futuro.”
Antonio Imbassahy (BA)
“Um discurso lúcido que mostra a verdade dos fatos dos últimos anos, mostra que o PSDB está pronto para cobrar como oposição. É cobrando as incoerências e contradições do PT e defendendo que não tenhamos a volta da inflação. Que nós não tenhamos as perdas de condições tão importantes que o Brasil conseguiu após a implantação do Plano Real.”
Eduardo Azeredo (MG)
“Foi um discurso correto, coerente e acima de tudo esclarecedor, principalmente para a sociedade. Porque o PT só mostra alguns pontos positivos, mas são dezenas, centenas, milhares de pontos negativos. Com muita inteligência, o senador Aécio apontou apenas 13, dentre milhares existentes.”
Pinto Itamaraty (MA)
“Um discurso sereno, firme, muito profundo no sentido de apontar as contradições e os gargalos que estão sendo gerados nesses 10 anos de governo do PT. Várias conquistas no governo FHC estão indo pelo ralo com a ação que loteia a máquina pública entre companheiros, entre aliados com prejuízo para a qualidade das políticas públicas.”
Marcus Pestana (MG)
“Ele falou como um representante do povo brasileiro e colocando as dificuldades que estamos tendo no atual governo federal. Treze pontos muito bem colocados. E pontos que o nosso Brasil precisa mudar. Construir um novo Brasil, um Brasil melhor, um Brasil que nós sonhamos”.
Luiz Nishimori (PR)
“Foi o discurso do Brasil real e não do Brasil virtual patrocinado pelo PT. Ele fez um diagnóstico perfeito da situação em que o Brasil se encontra, quais os caminhos que o país precisa para encontrar o Brasil real e qual é o caminho para mudar as condições que temos hoje, principalmente no que diz respeito à economia, educação, saúde e segurança pública. Um diagnóstico perfeito de falta de competência, de gerenciamento e de gestão do governo que precisa ser corrigido”.
Vanderlei Macris (SP)
“São frases e palavras que se identificam com realidade do nosso país. Lamentavelmente é um discurso que eu não gostaria de estar ouvindo. Eu gostaria de estar ouvindo as melhorias que o Brasil passou. Vejo que esse governo que aí está, de uma forma irresponsável fazendo as festas, usando o povo a todo momento, fazendo o discurso da pobreza, o discurso da miséria. Vejo que esse partido não quer erradicar tanto a pobreza, quanto a miséria do nosso país. Se um dia forem erradicados, eles não terão mais discurso, não terão mais trampolim eleitoral”.
Carlos Roberto (SP)
“Ele fez um relato exatamente dos acontecimentos, principalmente da economia, da situação do país nos últimos 10 anos. E ele enumerou apenas 13. Falou muito bem desse caos que está na economia, dessa maquiagem que está inclusive na questão econômica. O PT tem feito muito discurso, muito marketing. Nós temos hoje um governo que não sabe governar e uma oposição que não faz o que eles fizeram”.
Izalci (DF)
“São pontos que o PT não explica à população brasileira. Eu acho que essa preocupação é do povo brasileiro. Nós precisamos é de um Brasil real, um Brasil que mostra a verdade e não virtual feita por uma mídia que é colocada todos os dias pelo governo federal e que não é realmente a realidade do povo brasileiro”.
Reinaldo Azambuja (MS)
“Foi um grito democrático da maior expressão das deficiências do governo. Ele elencou as falhas que revelam a ineficiência governamental, as falhas do governo, as dificuldades que o governo não está conseguindo superar. E sobretudo as consequências graves que o país está sofrendo com essas demonstrações inequívocas do governo da presidenta Dilma em não conseguir realizar aquilo que prometeu e muito menos fazer face aos problemas do país”.
Bonifácio de Andrada (MG)
“Um marco neste início de legislatura, um discurso firme, sereno, uma visão muito ampla do Brasil, das deficiências deste governo e do tanto que nós temos que avançar. Ele mostra que é o nosso líder, que está preparado para dialogar com todo o Brasil e, principalmente mostrar aos brasileiros que este governo do PT não está à altura do nosso país”.
Rodrigo de Castro (MG)
“Ele mostrou que sabe com clareza que precisamos apontar o caminho para um novo Brasil. Ele faz uma análise do Brasil real com críticas de maneira clara aos erros que o PT vem cometendo e num momento muito oportuno, porque o PT tem uma prática estrategista muito eficaz pela propaganda. Eles se preocupam com aquela velha tática de se repetir algo até que vire verdade. E tentaram passar a ideia de que tudo está uma maravilha e de que o Brasil foi reinventado a partir do Lula”.
Domingos Sávio (MG)
“Um discurso extremamente equilibrado, preparado, de quem estudou profundamente esses últimos 10 anos da gestão do PT, onde mostra todos os percalços que o PT cometeu. E na realidade a base fundamental de sobrevivência do PT foi a grande herança bendita deixada pelo governo FHC. A estruturação econômica e política deste país para que o PT pudesse superar”.
Carlos Brandão (MA)
“No momento em que ele assiste os erros, os equívocos do governo do PT, em que ele assiste muitas coisas construídas sendo destruídas, a exemplo da Petrobras, tem que falar, tem que se manifestar. Além de ter sido um discurso muito bem estruturado, ele mostra atitude, mostrando os mais diversos problemas que o governo tem no campo ético, da corrupção, desmantelamento da máquina, da apropriação da máquina. Isso tem que ser dito, denunciado, tem que ser debatido. Isso é fundamental que a sociedade veja que nós não somos omissos”.
César Colnago (ES)
“O senador foi muito feliz, fez umas colocações muito consistentes do governo do PT. Daquilo que o PT deixou a desejar durante 10 anos de gestão, que nos mostrou claramente que não tem motivo nenhum para fazer festa, nem comemorar. Pode haver festa para o PT e não para o Brasil. O PT está comemorando um projeto de governo do partido e não um projeto de governo para o Brasil.”
Urzeni Rocha (RR)
“Foi uma análise fria, técnica, mostrando os pontos equivocados dos governos do PT. Devemos apontar os erros do PT, mostrar a população nacional, onde o PT está errando e chamando a atenção para todos que há uma propaganda oficial que tenta exatamente mostrar aquilo que o governo não tem exatamente. Mostrando que o país é um país das mil e uma maravilhas, quando na verdade não é. Temos problemas gravíssimos”.
Paulo Abi-Ackel (MG)
“Um discurso bom, contundente, bem pontuado, pena que não tenha ocorrido um ano antes. O PSDB se coloca com clareza na oposição, pontuando equívocos e erros das administrações petistas e o senador Aécio se coloca como um líder para fazer frente a essa situação. Particularmente eu gostei muito do discurso e acho que vai servir de roteiro para que o PSDB possa cumprir o seu papel de oposição”.
Vaz de Lima (SP)
“Ele deve ter feito um esforço enorme para mostrar só 13 erros, quase que desastres que o PT cometeu contra o povo brasileiro, contra o Brasil. Ele foi sucinto, fez a sua colocação como um grande estadista, como um democrata. Chamou a situação ao embate, ao contraditório. Ele não teme a opinião do PT, apesar de o PT ter dificuldade de ouvir. Escuta uma coisa e fala outra. Ele foi muito lúcido ao exaltar que os dois governos tiveram acertos, mas que tiveram erros que contrariam a grande publicidade que o governo dá às suas obras”.
William Dib (SP)