Para o Líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), a escolha de Aldemir Bendine para a presidência da Petrobras foi uma solução caseira, já que o governo Dilma não conseguiu buscar um nome de fora de sua órbita, o que é ruim para a companhia, que precisa de uma diretoria que lhe dê novos rumos e a tire do noticiário policial.
“Esperava-se um nome com menor ligação com o Palácio do Planalto, mas o governo Dilma está tão desacreditado que se tornou difícil achar alguém que queira fazer parte dele”, afirmou.
De acordo com Sampaio, “Bendine é ligado ao mesmo governo que permitiu que uma quadrilha se instalasse na companhia e que faz o que pode para descredibilizar as investigações do esquema para, assim, blindar a presidente Dilma e Lula. A indicação dele sinaliza também que a interferência do governo na estatal irá continuar”.
O Líder afirmou ainda que a repercussão negativa no mercado, que se reflete na queda das ações da companhia, é mais um indício de que a escolha de Bendine frustrou as expectativas. Para Sampaio, “ele já chega com um currículo manchado por denúncias de favorecimento, multas da Receita Federal e até com uma investigação por lavagem de dinheiro. E isso não era o desejável para a Petrobras”, afirma.