Para o Líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), a mensagem da presidente Dilma ao Congresso é uma peça de ficção, descolada da realidade e dos problemas enfrentados pelo país, e repete velhas promessas.
“O Brasil ao qual a presidente Dilma se refere, o das mil maravilhas, não é o Brasil real, que sofre com as incompetências e omissões de seu governo. A mensagem ao Congresso é mais uma peça de ficção, ação de marquetagem, uma tentativa de ocultar os problemas reais com os quais os brasileiros se deparam: inflação alta, economia estagnada, apagão, aumento de impostos e risco de desemprego”, afirmou.
“A mensagem da presidente Dilma só aumenta ainda mais a distância que existe entre o Brasil do PT e o Brasil dos brasileiros e reforça a desconfiança da sociedade. A presidente gerentona das propagandas do PT é a mesma que deixou os projetos de infraestrutura do PAC ao Deus dará; a especialista em energia é a mesma que desestruturou o setor elétrico à base da canetada e que permitiu que hoje o país convivesse com apagões e com o risco de racionamento. A mesma presidente que diz que o slogan do seu governo será a Educação é aquela que manda cortar R$ 7 bilhões do orçamento da pasta. A ação de marqueteiro não vai mais funcionar”, disse o Líder do PSDB.
De acordo com Sampaio, no mesmo dia em que a presidente diz ao Congresso que a economia está bem e a inflação sob controle, o boletim Focus traz a previsão de que o crescimento do PIB será quase zero e o aumento de preços ultrapassará os 7%, portanto, acima da meta.
“A mensagem não ressalta, por exemplo, a reforma tributária para reduzir impostos e nem fala em cortar na própria carne para reduzir despesas do governo. Pelo contrário, a presidente Dilma manda para os brasileiros a conta para manter os 39 ministérios e mais de 23 mil cargos de confiança. Além disso, a sociedade ainda tem de pagar mais caro pela gasolina, diesel e contas de energia, resultados da má gestão”, disse.
Para o Líder do PSDB, o mesmo governo que diz que combate firmemente a corrupção é o que permitiu que uma quadrilha se instalasse na mais importante estatal brasileira, a Petrobras. “Para um governo cujo partido promoveu o mensalão e depois o Petrolão, esse discurso contra a corrupção é puro jogo de cena e não cola mais”, afirmou Sampaio.