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Para líder do PSDB, perda do grau de investimento é uma tragédia anunciada

carlos-sampaio-foto-psdb-na-camara-2-300x237Para o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), a perda do grau de investimento Brasil é mais uma comprovação da incompetência da presidente Dilma e da sua absoluta falta de condições de conduzir o país em meio a uma crise econômica pela qual ela é a maior responsável. Segundo o tucano, o rebaixamento da nota do Brasil é uma tragédia anunciada, considerando as condições de deterioração fiscal, dos indicadores econômicos e da incapacidade do governo em apontar saídas para a crise.

ALERTAS IGNORADOS

“A presidente Dilma simplesmente ignorou todos os alertas que foram feitos há tempos pela oposição e por especialistas sobre o agravamento da crise. Posou de arrogante e preferiu buscar culpados para a crise, em vez de apresentar soluções. A perda do grau de investimento coroa o fracasso deste governo que não tem uma política econômica, não tem rumo e não tem mais jeito”, afirmou.

Sampaio ressalta que a imagem do Brasil, já abalada pela repercussão do Petrolão, agora se agravará com a perda do selo de bom pagador. “No momento em que o país enfrenta uma recessão sem precedentes, com o pior resultado na geração de empregos formais dos últimos 15 anos, a perda do selo de bom pagador é um banho de água fria nos investimentos, imprescindíveis para a retomada do crescimento”, afirmou.

O líder do PSDB lembrou a declaração do então presidente Lula, em 2008, quando a S&P concedeu o grau de investimento ao Brasil, de que o título significava que o Brasil era um país sério e mundialmente respeitado. “Infelizmente e por obra dos próprios governos do PT, de Lula e Dilma, hoje o Brasil está com o nome sujo na praça”, afirmou.

Anunciado na noite desta quarta, o rebaixamento repercutiu instantaneamente na Câmara. O líder da Oposição na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), lembrou em Plenário as declarações de Lula. “O que é o Brasil agora, um país não sério, não respeitado pelo mundo? Ou vale a versão do PT de que não serve mais a avaliação da S&P? É uma pena que os brasileiros tenham que pagar essa conta da irresponsabilidade de um governo”, lamentou.

“Infelizmente, a perda do grau de investimento do Brasil e a perspectiva de revisão negativa nos próximos doze meses mostram que o governo da presidente Dilma acabou”, destacou o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, em nota. Líder da bancada no ano passado, o deputado Antonio Imbassahy (BA)atribuiu a revisão da nota ao que chamou de “Efeito PT”. Para ele, essa é uma “péssima notícia para o Brasil”.

Na opinião de Betinho Gomes (PE), o rebaixamento pela S&P, que foi a primeira entre as grandes agências a tirar do Brasil o selo de bom pagador, vai gerar ainda mais dificuldades para economia. “Isso é resultado do populismo econômico feito pelos governos petistas. Agora vamos mais uma vez arcar com as consequências”, disse.

Já o deputado Samuel Moreira (SP) lamentou a decisão da agência, que já dava sinais de que mudaria a classificação do Brasil devido o rombo nas contas públicas nacionais e as medidas adotadas pelo governo diante da crise. O rebaixamento do rating do Brasil para a categoria “especulativa” aconteceu menos de 50 dias após a S&P ter mudado a perspectiva para negativa. “Mais um resultado desastroso do governo PT. A cada dia que passa demonstra que não tem mais condições de governar”, apontou.

INCOERÊNCIA PETISTA

Apesar de alguns parlamentares governistas concordarem que o rebaixamento da nota de crédito é ruim para o país, por outro lado alguns aliados ao governo da presidente Dilma tentaram minimizar o efeito do anúncio. O líder do Governo na Câmara, deputado José Guimarães chegou a chamar a S&P de “agência do fim do mundo”.

Mas o grau de investimento conquistado pelo Brasil em 2008 havia sido comemorado na época pelo então presidente Lula e por sua equipe econômica. Na ocasião, os petistas não consideravam a S&P uma “agência do fim do mundo”. Naquele momento, Lula avaliava que uma nação passava a ter o chamado grau de investimento por cuidar das suas finanças com seriedade e ser merecedora de confiança internacional, algo que seu governo e de sua sucessora destruíram ao longo dos últimos anos.

Em seu comunicado, a agência chama a atenção para a deterioração fiscal e a falta de coesão da equipe ministerial, como causas da decisão de rebaixar a nota. “Os desafios políticos que o Brasil enfrenta continuam a pesar na capacidade do governo e vontade de submeter ao Orçamento de 2016 ao Congresso consistente com a política de ajuste fiscal assinalada durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff”, destaca a S&P.

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