O deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP) avaliou positivamente as ações empreendidas pelo governo de São Paulo em respostas às reivindicações que tomaram conta do país nas últimas semanas.
“Alckmin está dando um exemplo para o Brasil de como deve ser ouvida a voz das ruas, as demandas da sociedade”, afirmou.
Desde a eclosão dos movimentos populares em São Paulo e em todo o país, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) já anunciou uma série de medidas, como a redução do preço de passagens de ônibus e trens do Metrô para R$ 3, além das tarifas de ônibus intermunicipais em 48 cidades; o fim do reajuste de pedágios em rodovias; o corte de gastos que inclui a extinção da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, de uma empresa estatal – a Companhia Paulista de Turismo (Cepetur) – e uma autarquia – a Superintendência de Trabalho Artesanal e Comunidades (Sutaco) –, além da venda de um dos dois helicópteros do governo.
Segundo reportagem do jornal O Globo (28/06), a economia aos cofres públicos será de R$ 129 milhões só neste ano, e de R$ 226 milhões em 2014. Alckmin também promoveu a extinção de 2.036 cargos de confiança na administração direta e diminuiu em 20% e 10%, respectivamente, os gastos com passagens aéreas e diárias em 2013.
Nesta sexta-feira (5), de acordo com a Folha de S. Paulo, o governo do estado anunciou ainda um concurso para a contratação de 59 mil professores para a rede pública de ensino, respondendo a uma das principais reivindicações da população: a diminuição do número de docentes temporários.
Para o deputado Vanderlei Macris, a gestão tucana em São Paulo entendeu o verdadeiro recado das ruas.
“O recado foi entendido pelo governo de São Paulo, no sentido de economizar recursos públicos e dar respostas rápidas, como a diminuição das passagens e outras medidas para evitar o corte de investimentos”, disse.
Contraponto – O parlamentar entende que as ações implementadas são um contraponto ao que foi feito pelo governo federal, que anda na direção contrária.
“A presidente Dilma criou uma cortina de fumaça com a Constituinte exclusiva, rejeitada por juristas de todo o país, e o plebiscito, que foi inviabilizado pela própria base do governo. Criou uma falsa ilusão de debate que não estava na pauta da sociedade, que quer mais recursos em saúde, educação e segurança”, apontou.
Macris acredita que nenhuma atitude concreta foi tomada, ao contrário do exemplo dado pelo Congresso Nacional.
“O Parlamento tomou uma atitude, rejeitando a PEC 37, votando pela Ficha Limpa para servidores públicos, por mais recursos para a saúde e educação. Já a gestão petista mostrou-se absolutamente fora da realidade, tentando instituir um debate que é de interesse do Palácio do Planalto”, completou.