Para deputados, os fatos desmentem governistas e a candidata do PT
Os deputados Antonio Carlos Pannunzio (SP) e Vanderlei Macris (SP) também rebateram as declarações do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Franklin Martins, sobre liberdade de imprensa e opinião. Para os parlamentares, a concepção petista, inclusive da sua candidatura a Presidente, não condizem com os parâmetros das sociedades democráticas.
Pannunzio e Macris garantem que assinariam as declarações do candidato do PSDB, José Serra, feitas ontem, durante o 8º Congresso Brasileiros de Jornais, mostrando as diversas tentativas do governo petista de patrulhar os veículos de comunicação brasileiros com a intenção de cercear a liberdade da imprensa, de opinião e do livre fluxo de informações.
Pannunzio critica ainda o uso da máquina pública como forma de auxiliar a candidatura Dilma Rousseff, e afirma que o ministro falta com a verdade em sua resposta, pois uma série de fatores comprova o desrespeito do PT em relação à imprensa.
“O PT persegue de forma permanente, com diversas iniciativas, o controle dos meios de comunicação”. O deputado do PSDB lembra, como exemplo, no ano passado, a Conferência Nacional de Comunicação que já trazia restrições ao trabalho da mídia brasileira.
Para Macris, a resposta do ministro é somente uma tentativa de passar uma falsa impressão à sociedade brasileira. “Não dá para iludir a população o tempo inteiro, diversos outros exemplos comprovam as tentativas do PT de controlar a imprensa.”
Outro fato “estarrecedor”, segundo Macris, foi a terceira edição do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), no início de 2010, que avançava sobre as liberdades de expressão. Pouco tempo depois, o documento denominado “A grande transformação”, aprovado no Congresso Nacional do PT, em fevereiro, insistiu no controle aos meios de comunicação.
O ataque seguinte e organizado à liberdade de expressão ocorreu em março, com a Segunda Conferência Nacional de Cultura (CNC). A Conferência reforçou a defesa do controle social da mídia. O texto-base atacava a imprensa e previa interferência em áreas como ciência e tecnologia e meio ambiente e defendem ampliação da atuação do Estado.
Mas a principal prova da estratégia de controlar a imprensa, segundo Pannunzio, foi a primeira versão do programa de governo da candidata Dilma Rousseff, protocolada em julho no Tribunal Superior Eleitoral. “As diretrizes do programa previam o chamado controle social da imprensa”, afirma. “A proposta foi criticada, inclusive, pelos aliados da candidata petista. Controlar a imprensa sempre foi e continuará sendo o grande sonho do PT.”
Fonte: Agência Tucana