Após as diversas denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras, a auditoria PwC (PrincewaterhouseCoopers) resolveu não dar o aval às demonstrações financeiras da estatal. Diante do quadro, a Petrobras decidiu adiar a divulgação de seu balanço do terceiro trimestre, previsto para sair nesta sexta-feira (14). As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta sexta-feira (14).
Para o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP), a Petrobras não está cumprindo as regras de boa gestão. “A estatal, hoje, é suspeita de estar envolvida em uma grande corrupção e está perdendo a credibilidade no mercado e entre a população”, explicou.
A Petrobras admitiu que não está pronta para publicar o seu balanço contábil e reconheceu, em um comunicado divulgado na última quinta-feira (13), que nem no novo dia previsto para divulgar o documento, 12 de dezembro, terá o aval da PwC.
Desconfiança
Em 16 de outubro, A PwC apresentou à estatal uma carta em que manifestava preocupação com o envolvimento de executivos com o suposto esquema de corrupção na empresa revelado pelas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Os auditores também questionaram o suposto envolvimento do então presidente da Transpetro, Sérgio Machado. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores da Lava Jato, afirmou ter recebido R$ 500 mil de Machado, que rechaça a acusação.
Na época, a auditoria disse que se a Petrobras não tomasse providências, não auditaria o balanço do terceiro trimestre e citou lei americana que lhe dá tal direito em caso de “dúvida quanto à confiabilidade” das informações.
Duarte enfatizou que enquanto os esclarecimentos da estatal não vierem à tona, sempre haverá a desconfiança em relação à integridade da empresa. “O Brasil assiste cada vez mais indignado à gestão do PT e da presidente Dilma Rousseff. A Petrobras é só um exemplo”, alegou. O tucano ainda completou “queremos a apuração dos fatos, queremos a punição dos envolvidos”.
Segundo o deputado, o que os brasileiros e o PSDB querem é a rapidez e a exatidão nas investigações das denúncias para a confiabilidade possa ser reiterada.