A presidente da Petrobras, Graça Foster foi a convidada da audiência conjunta realizada na última quarta-feira, 19, entre as Comissões de Minas e Energia e de Fiscalização Financeira e Controle.
Foster tinha na pauta temas como planos de negócios da empresa e o adiamento do início da operação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, em construção em Itaboraí-RJ, e das duas refinarias previstas para o Maranhão e o Ceará.
Como membro efetivo da Comissão de Fiscalização, o deputado federal Vaz de Lima abordou em sua intervenção as metas irreais que a empresa tem projetado nos últimos anos. “As metas, que agora como se vê não foram alcançadas serviram politicamente para a eleição de Lula e de Dilma Rousseff”, disse o deputado.
O parlamentar tucano também apresentou números preocupantes de acidentes de trabalho registrados em plataformas administradas pela estatal.
Graça Foster atribuiu ao câmbio o resultado negativo da empresa (prejuízo de R$ 1,3 bilhão), entre abril e junho.
“A maior parte (74%) da divida da Petrobras é em dólar. Toda a nossa atividade, em algum momento da cadeia, é atrelada ao câmbio. Quando você tem um investimento muito grande, fazemos captação em mercado naquilo que dá o maior conforto econômico-financeiro à Petrobras. Quando tivemos a depreciação do real, nossa dívida cresceu, tivemos um resultado financeiro menor do que o trimestre anterior em R$ 7 bilhões. Essa foi a principal justificativa”, disse.
Sobre os acidentes de trabalho, a presidente da Petrobras prometeu, em resposta a Vaz de Lima, que a empresa vai investir em segurança, 5,6 bilhões de dólares nos próximos quatro anos.