Para o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), o pífio crescimento do PIB em 2012 (0,9%) depois de um desempenho já baixo da economia no ano anterior (2,7%), comprova que o governo está desnorteado na condução da política econômica, já que as medidas de estímulo adotadas – principalmente para elevar o consumo – não têm tido o efeito esperado para dinamizar os investimentos e a atividade econômica.
De acordo com o IBGE, a taxa de investimentos, que já é pequena em comparação com os demais países emergentes, também caiu: fechou 2012 em 18,1% do PIB, contra 19,3% do ano anterior.
“O crescimento pelo estímulo ao consumo das famílias já se esgotou e o governo é incapaz de desenvolver estratégias alternativas que criem condições estruturais para o desenvolvimento econômico do país. O mais grave é que, a despeito da economia praticamente estagnada, a inflação segue alta, afetando principalmente os brasileiros mais pobres”, disse.
Segundo Sampaio, a combinação de baixo crescimento com inflação alta e investimentos em queda é extremamente preocupante e seus efeitos são prolongados. “De nada adiantou o governo estimar um crescimento de 4,5% para 2012, se o que se confirmou foi um desempenho sofrível. Isso só demonstra que os responsáveis pela política econômica do governo não têm certeza do que está acontecendo de fato na economia. O país precisa de menos discurso e mais ações efetivas”, disse.
De acordo com o líder do PSDB na Câmara, o governo optou por medidas pontuais e desconexas em vez de fazer a tarefa mais difícil e buscar a conquista de condições estruturais de competividade, baseadas em um sistema tributário simplificado, infraestrutura moderna, investimentos em ciência e tecnologia, formação de mão-de-obra qualificada, por exemplo.
Para ele, os equívocos de política econômica fazem o Brasil perder credibilidade, desorientam os agentes produtivos e geram instabilidade. “Esses erros grosseiros nas previsões macroeconômicas, as constantes mudanças de rumo, a maquiagem nas contas públicas, geram desconfiança junto aos investidores e, sem investimentos, a economia não cresce.”
Do PSDB na Câmara