A iniciativa do líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), de zerar os impostos federais da cesta básica é uma necessidade primordial para a maioria dos brasileiros. Aprovada recentemente pelo Congresso como emenda à MP 563/12, a proposta possibilitará redução de até 15% no valor dos alimentos. A decisão está nas mãos da presidente Dilma Rousseff, que pode vetar ou sancionar a emenda.
Para a população de baixa renda, a queda no preço de produtos como o arroz e o feijão representa uma importante diminuição de gastos. O valor da cesta básica pode cair até R$ 28. A “TV 45” foi às ruas de Brasília e ouviu apelos da população para que a presidente transforme a iniciativa em lei.
Para a dona de casa Fátima de Lima, a economia feita com o desconto na cesta será útil para melhorar a qualidade de vida. “Com essa sobra, quem vai se aposentar, por exemplo, pode até ter um lazer, fazer uma viagem, pagar uma alimentação na estrada”, afirma. A aposentada Severina Rita da Silva concorda e afirma que os preços têm pesado no bolso da família. “Várias coisas estão muito caras: o feijão, a carne, o leite. Se ela [Dilma] aprovar, vai ser bom.”
A iniciativa do líder do PSDB estabelece dá isenção fiscal de PIS, Cofins e IPI para os alimentos da cesta básica. Com isso, Bruno Araújo acredita que trabalhadores e aposentados serão os grandes beneficiados.
“Essa é uma medida que atende quem de fato mais precisa: a população mais pobre. Aposto que a presidente terá a sensibilidade de autorizar essa lei. O PSDB tem a compreensão clara de que fez a sua parte ao propor a redução de imposto em algo tão nobre como a alimentação básica dos brasileiros. Vamos agora cobrar a sanção por parte do Executivo”, destaca o deputado.
Nas ruas, a sociedade clama pela aprovação e cobra da presidente o cumprimento das promessas de campanha. O cozinheiro Ricardo Teodoro afirma que a petista precisa fazer o que fala e proporcionar melhoria de vida para a população. O marceneiro Adão Rodrigues, por sua vez, diz que cada centavo poupado com os alimentos será bem vindo e ressalta que a sociedade está de olhos abertos para as ações do Parlamento e do governo. “O pessoal diz que brasileiro não vê, mas eu vejo. Estou sempre de olho”, alertou.