Sob o comando do prefeito Duarte Nogueira (PSDB), o município de Ribeirão Preto (SP) lançou um projeto que cria um sistema de trabalho cuja ideia é pagar por aulas avulsas a docentes, sem ligação com o município, sempre que faltarem profissionais na rede municipal de ensino. Apelidado de “Uber da Educação” ou “Professor Delivery”, a proposta busca resolver o problema da falta de docentes nas escolas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo deste sábado (22).
De acordo com o projeto, o professor não teria vínculo empregatício com a prefeitura e o acionamento se daria por aplicativos, mensagens de celular ou redes sociais. Após receber a chamada, o professor teria 30 minutos para responder se aceita a tarefa e uma hora para chegar à escola. Caso contrário, outro seria acionado no seu lugar.
A secretária municipal de Educação da gestão tucana, Suely Vilela, defendeu a importância do projeto para a rede local de ensino e explicou que o objetivo é “solucionar a grave situação de ausências de professores em sala de aula, motivadas por faltas ou licença-saúde, em período inferior a 30 dias”.
Segundo a reportagem, o projeto foi submetido à consulta da comunidade escolar e está em fase de análise das sugestões enviadas à secretaria.
Ainda na avaliação de Suely, que atuou como reitora da Universidade de São Paulo (USP) entre 2005 e 2009, a falta de professores traz prejuízo à formação dos alunos, que “são dispensados das aulas com frequência”, principalmente nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.
Dados da própria secretaria apontam que a rede municipal de Ribeirão Preto tem 109 escolas da rede direta e outras 24 conveniadas. O sistema tem 3.159 professores, sendo 400 emergenciais. São cerca de 48 mil estudantes matriculados.
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