A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara promove nesta terça-feira (6), às 14h30, audiência pública com a presença do presidente do BNDES, Luciano Coutinho (foto). Convidado pelo deputado federal Carlos Brandão (PSDB-MA), a princípio ele deve prestar esclarecimentos sobre os investimentos de fomento nas obras do Porto de Mariel, em Cuba. As obras do porto em Cuba custaram US$ 957 milhões. Deste total, 80% – ou US$ 682 milhões – saíram dos cofres do BNDES.
Porém, os deputados federais ampliaram os temas da reunião, que tratará ainda do aporte bilionário no grupo JBS/Friboi, Fundo Amazônia e plano de investimento da instituição, que vem sendo criticada por concentrar elevado volume de recursos para financiar grandes empresas.
Para Brandão, é importante examinar os empréstimos para investimentos em nações como a ilha caribenha. “Surpreende a generosidade com que financiamentos são feitos a governos estrangeiros, já que sabemos que estados e municípios brasileiros enfrentam dificuldades para obter recurso”, alertou.
A revitalização incluiu a construção de 700 metros de cais para o terminal de contêineres, centro de carga, pátios, redes de abastecimento de água e tratamento de resíduos e toda a infraestrutura para o fornecimento de energia elétrica. Além disso, o BNDES já anunciou um novo empréstimo para a construção de uma zona de desenvolvimento, com logística e infraestrutura para instalação de empresas e armazéns no local. Enquanto isso, os portos brasileiros sofrem com a falta de infraestrutura.
O tucano lembrou que o BNDES é um das principais instituições que contribuíram para o bem estar econômico e social do Brasil, mas que durante o governo petista a falta de transparência das operações de crédito enfraquece a credibilidade da empresa.
“A atuação do banco nas manobras conhecidas no meio técnico como contabilidade criativa, a falta de clareza e a inexistência de avaliações objetivas prejudicam a imagem da instituição”, disse Carlos Brandão cujo requerimento foi aprovado aprovado em 26 de março.
*Do Portal do PSDB na Câmara