O deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR), membro da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, previu nesta sexta-feira (18) dias difíceis e um Natal mais pobre no Brasil em decorrência dos resultados da prévia da inflação oficial do país.
Pelos dados, a inflação voltou a subir com mais intensidade e registrou variação de 0,48% em outubro. Em setembro, o índice foi de 0,27% e, em agosto, de 0,16%.
Os percentuais foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou acima do previsto por analistas, que estimavam o Índice Nacional de Preços ao Consumido (IPCA-15) em 0,42%. No acumulado do ano, o IPCA-15 chegou a 4,46%. No últimos 12 meses, o índice está em 5,75%. O teto da meta do governo é de 6,5% para o ano.
“Esse é um índice revela que a inflação não está debelada. Agora o governo federal e o Banco Central não chamam de alta da inflação, mas de resistente’”, disse Kaefer.
E acrescentou: “Logo, logo a taxa Selic [Sistema Especial de Liquidação e de Custódia que serve de base para a cobrança de juros no mercado] deve chegar a dois dígitos.”
De acordo com o IBGE, colaboraram para a alta da inflação, as despesas com alimentação, principalmente carne, frango, frutas e pão francês, e habitação. Também influenciaram os gastos com eletrodomésticos e artigos de mobiliário.
Os dados foram coletados no período de 13 de setembro a 11 de outubro e comparados com os vigentes em 14 de agosto a 12 de setembro.
“Infelizmente o remédio amargo para resolver o impasse causado pela alta da inflação são os juros altos”, ressaltou o tucano. “Evidentemente que no Natal, nós vamos ter um consumo menor, pois a tese do governo federal de estimular o consumo deixou as pessoas mais endividadas.”