O Líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), anunciou as medidas que serão tomadas pela bancada e pelos membros do partido na CPMI da Petrobrás após as denúncias surgidas nas últimas horas envolvendo autoridades e lideranças políticas e partidárias nos desvios de recursos da Petrobrás (de acordo com os depoimentos prestados por dois dos principais personagens do esquema, Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef).
“As últimas revelações dão conta da existência de um esquema de arrecadação ainda maior que o Mensalão, embora se trate de nada mais do que a continuação daquele mesmo escândalo, apenas com a troca dos operadores pegos pela Justiça por novos nomes”, afirmou Imbassahy.
“Os dois últimos ex-presidentes e a atual presidente da Petrobrás são filiados ao PT, algo que Graça Foster admitiu constrangida em um de seus depoimentos no Congresso Nacional. Isso apenas confirma o aparelhamento da estatal pelo partido, tal qual ocorre em outras instâncias do Governo, prática que também foi objeto dos depoimentos de Paulo Roberto Costa. Lamentavelmente, ouvir e atender a direção do PT na escolha dos dirigentes ocupou lugar da meritocracia, e isso abriu toda a sorte de brechas para os desvios que agora estão sendo revelados”, completou o Líder tucano.
O Líder Imbassahy e os demais líderes da oposição solicitaram a realização de sessão extraordinária da CPMI na próxima semana, para a análise dos requerimentos de convocação a seguir e daqueles que ainda serão apresentados relativos às denúncias:
– Convocação de João Vaccari Neto, tesoureiro nacional do PT (já existem requerimentos neste sentido: n. 709, 721, 723 e 767);
– Convocação de Breno Altman, que teria repassado a Meire Poza valores destinados a Enivaldo Quadrado;
– Convocação do próprio Enivaldo Quadrado, que trabalhou para Alberto Youssef e teria ajudado o PT a desviar dinheiro da Petrobras para calar o empresário Ronan Maria Pinto em suposta chantagem contra Lula, José Dirceu e Gilberto Carvalho (existem requerimentos pendentes de apreciação: 713 e 752);
– Convocação de Renato Duque, diretor de Serviços da Petrobras de 2003 a 2012, também citado nas denúncias recentes.