
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), afirmou que irá protocolar requerimentos de convocação da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) nas Comissões de Constituição e Justiça e de Fiscalização Financeira e Controle para que ela dê esclarecimentos sobre a forma de fidelização adotada pelo governo do PT em relação à sua base de apoio no Congresso.
Esse modelo de toma-lá-dá-cá foi exposto pelo Líder do PT na Câmara, José Guimarães, em discurso logo após o governo sofrer uma derrota na votação do projeto que distribui os royalties do petróleo para a Educação e Saúde, na noite de quarta-feira.
O Líder do PT disse ser necessário “rediscutir a base”. “Esta derrota hoje é simbólica para nós, e eu não quero me omitir neste momento. Eu quero discutir quem é base e quem não é, quem tem cargo no Governo e quem não tem cargo no Governo”, disse.
De acordo com o Líder do PSDB, a ministra Ideli, responsável pela articulação entre o governo e sua base de sustentação no Congresso, precisa dar explicações sobre o toma-lá-dá-cá entre o Planalto e sua base, que foi revelado no discurso do líder petista.
Segundo Sampaio, Guimarães foi utilizado pelo governo para dar o recado à base de apoio na Câmara. “O governo do PT, ao ameaçar a base aliada por meio do seu líder José Guimarães, demonstrou ao país o seu modo de agir. Revelou que fideliza a sua base de apoio não em torno de projetos, mas com cargos na administração. Em outras palavras: a presidente Dilma distribui cargos para, em seguida, sem nenhum pudor, cobrar a fatura por meio do seu Líder na Câmara. É uma espécie de ‘mensalão’ via holerite”, disse o Líder do PSDB.
Do PSDB na Câmara