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PT insiste em silenciar a imprensa

Após as eleições, período em que preferiram se manter silenciados para não atrapalhar seu “Projeto de Poder” com as eleições municipais, o PT reinicia o plano de censura a imprensa. A obsessão não foi esquecida, apenas adiada.

Passado o segundo turno, o pseudo “debate sobre a regulação do setor de comunicação” será novamente prioridade nas articulações escabrosas do Partido dos Trabalhadores. A quem atende essa regulação? Somente aos que tem interesse em acobertar o que, por direito, é público.

Diferente do que alegam os comandantes petistas, o Brasil não precisa de controle dos meios de comunicação. Precisa sim, dar transparência dos seus atos aos cidadãos.

Censurar o livre direito de acesso à informação é podar a democracia; é talhar a expressão do pensamento no estado pleno de direito que, por décadas, a sociedade lutou para conquistar. Muitos perderam a vida por este direito. Outros tantos, ainda batalham por ele.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva insiste em dizer que a imprensa brasileira deveria assumir que tem “candidato e partido”. Mas a questão não é essa, Sr. ex-presidente. A imprensa sabe e conhece o Projeto de Poder que o PT quer implantar no Brasil. Projeto este que nada mais é do que do que uma ditadura Chavista.

Nas Américas, a pressão de governos é a principal ameaça à liberdade de imprensa. O dado foi apontado em pesquisa divulgada no último dia 15, durante a 68ª Assembleia Geral Sociedade Interamericana de Imprensa que aconteceu em São Paulo. No Brasil, 67% dos entrevistados, sendo eles editores e articuladores de interesses editoriais e comerciais de publicação apontam governos e grupos políticos como as principais fontes de ameaça. A avaliação é 11% superior do que a pressão exercida por grupos criminosos.

Não somos venezuelanos. Não somos equatorianos. Muito menos iranianos. Prezamos por nossos direitos e devemos manter essa postura.

Os duros ataques à imprensa são os mesmos insanos ataques à Oposição e, mais recentemente, ao Supremo Tribunal Federal. A Oposição não mentiu quando se pronunciou sobre a existência do Mensalão. Bem como o STF não criou um julgamento fictício sobre os envolvidos no maior escândalo de corrupção desse país ao apreciar o Mensalão.

Até a imprensa internacional, com razão, ironizou a argumentação de Lula que negou a existência do escândalo petista ao periódico norteamericano The New York Times.

Liberdade de imprensa é a base de formação que desenvolve um cidadão consciente de seu papel na sociedade. Certamente esse indivíduo lutará por seus direitos e saberá lidar com seus deveres para, assim, edificar um país mais comprometido com a responsabilidade, ética e justiça.

Ao invés de buscarem impedir o trabalho da imprensa, o PT deveria cometer menos erros no governo. Se trabalhasse corretamente, gastaria menos tempo tentando acobertar seus inúmeros desacertos.

Vanderlei Macris é deputado Federal pelo PSDB-SP e vice-líder do partido na Câmara dos Deputados

(Foto: Renato Araújo- Agência Câmara)

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