O PT durante anos trombeteia que é o partido dos pobres. Diz que a elite é contra ele. São os empresários, é a mídia, golpista, é claro, são os banqueiros, as multinacionais contra os interesses do País. Do seu lado a classe operária, os trabalhadores, os desvalidos, os injustiçados, os excluídos.
Pois esse pobre PT arrecadou na última campanha cerca de 319 milhões de reais, 41% a mais que arrecadou em 2010, já ajustado o valor da época pelo IPCA. Os maiores contribuintes foram o JBS ( nascida em Goiânia é hoje uma multinacional), dono do frigorífico Friboi, que deu a bagatela de 69,7 milhões, foi aquinhoado nos governos petistas com enormes financiamentos públicos, e as construtoras Andrade Gutierres e OAS. Mas para mostrar a vontade popular de contribuir com o partido, 0,7% do total recolhido vieram de pessoas físicas. É a contribuição popular, para mostrar como o partido é do povão.
Essa dinheirama foi toda gasta na campanha. Sobrou um troquinho. Partido popular é assim.
Já o partido da elite, o PSDB, arrecadou 201 milhões de reais e gastou 216 milhões. Ficou devendo na praça.
Caso único na História Mundial em que os ricos contribuem mais para os pobres nas disputas políticas.
Até quando essa gente pensa que vai continuar enganando?
Um prêmio para quem evita as investigações
O senador Vital do Rego, do PMDB da Paraíba, vai ser indicado pela Dilma para uma vaga no Tribunal de Contas da União. Ele preside a CPMI da Petrobrás e se notabiliza por proteger os dirigentes da empresa e o próprio governo.
Um prêmio à altura. Imaginem-no fiscalizando o governo federal.
Coerência da Dilma
Intelectuais ditos de “esquerda” e representantes de movimentos ditos “sociais” que apoiaram a reeleição de Dilma cobram coerência entre o discurso de campanha e as práticas de governo, uma forma de protesto contra a escolha de Joaquim Levy para a Fazenda e Katia Abreu para a Agricultura. Segundo eles as escolhas sinalizam “regressão” da agenda vitoriosa das urnas.
Ora, a única agenda vitoriosa das urnas que houve foram os avisos feitos aos 50 milhões de dependentes do bolsa família além de outros programas assistenciais, humildes brasileiros, que correriam riscos de perda dos benefícios caso Aécio fosse eleito. Essa foi a única mensagem “progressista” que vi durante a campanha, exposta pelo PT.
Agora Dilma, goste ou não goste, gostem ou não gostem os ditos intelectuais, terá de falar a verdade e agir conforme ela.
Chama-se estelionato eleitoral e todos nós, eles também, sabiam que assim seria.
Vejam bem, senhores que protestam, os trabalhadores de todo tipo, vinculados de uma forma ou outra ao processo de produção foram, em sua maioria, eleitores de Aécio. É só ter honestidade intelectual para verificar.
Além do que, cobrar coerência onde nunca houve?