Membros do primeiro escalão do governo Dilma Rousseff fizeram 5,8 mil voos em jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB) durante pouco mais de dois anos de gestão da petista. A distância percorrida equivale a dez viagens de ida e volta à lua. O montante gasto com os deslocamentos estimado é superior a R$ 44 milhões. Muitas viagens “coincidem” com atividades políticas, como visitas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e debates para a formação de coligações.
Os dados foram divulgados em reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira (15).
A matéria relata ainda que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha – pré-candidato do PT ao governo de São Paulo – liderou as viagens: no total, foram 746 horas em voos nos jatos oficiais.
Para o deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP), a situação demonstra a apropriação de aparatos governamentais feita por dirigentes petistas.
“Atitudes como essa mostram que o PT trata a estrutura de Estado como propriedade particular”, declarou.
Segundo Macris, a mescla entre os interesses partidários e públicos existe desde o início dessas gestões e tem se intensificado nos últimos anos.
“É um governo que pratica uma administração patrimonialista e que articulou o Estado de forma a estabelecer a ideia de que tudo pertence ao partido. A situação é absurda e inadmissível”, disse.
Sobre a situação do ministro Padilha, Macris completou: “ele é comentado como o principal nome para a disputa do governo de São Paulo e agora sabemos que é quem mais viaja em aviões oficiais. Interessante ver o tipo de consolidação do nome que o PT busca executar.”


