Editorial
O governo federal concederá isenção de impostos à FIFA para organizar a Copa de 2014 no Brasil, o benefício perdurará até 2015. Esse fato veio à tona recentemente na imprensa e nos faz pensar no preço real de se realizar esse campeonato.
Apesar de não significar nenhuma novidade, pois tal acordo foi firmado em 2007, pouco se falou sobre o assunto na época e muito menos nós, como sociedade, fomos sequer consultados.
Está claro que essa combinação foi grande responsável para que o Brasil conseguisse sediar a competição. Outros países também fizeram acordo, como a África do Sul, que usou da mesma estratégia, com a diferença gritante de que o país é a nação mais rica e industrializada do continente africano.
Cabe ao governo avaliar o custo benefício para o país e o do Brasil não poupou esforços para garantir a realização da copa, apostando na visibilidade internacional e porque não na mídia positiva que a notícia gerou em toda a mídia nacional e mundial.
A Alemanha também sediou uma copa do mundo, mas fez um acordo de isenção parcial de impostos com a FIFA.
Outro fato que nos chama a atenção é que todas as empresas nacionais ou estrangeiras prestadoras de serviços e produtos adquiridos pela FIFA também terão isenção total.
O ministro do Esporte, Orlando Silva, informou que o governo federal enviará ao Congresso Nacional em fevereiro, na reabertura dos trabalhos legislativos, projeto de lei concedendo isenção total de impostos federais à Federação Internacional de Futebol (FIFA) para a organização de Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
A medida anunciada dá cumprimento a um compromisso firmado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a FIFA em 2007 para a organização do Mundial de 2014.
Será que temos tantos motivos assim para comemorar a escolha do Brasil como país sede” Ah, mas se o Brasil for campeão será a maior festança e todo mundo acaba esquecendo o quanto custou para nós brasileiros. Por isso antes que muitos se esqueçam, vamos debater, indignar-se, podemos até xingar, o que não podemos é ficar passivos diante a fatos como esse.
