Brasília (DF) – O ano de 2017 vai ser de expansão e reorganização para o núcleo sindical do PSDB. É o que garante o presidente nacional do segmento, o deputado estadual Antonio Ramalho (PSDB-SP), mais conhecido como Ramalho da Construção. O objetivo é reforçar os quadros do partido e estabelecer um núcleo do PSDB Sindical em cada estado e município do país, sempre atuando na defesa dos direitos dos trabalhadores.
“Em cada estado, cada cidade, estamos criando núcleos do PSDB Sindical. Ou, quando não dá para fazer por cidade, fazemos por região. Em São Paulo já temos, das nove regiões, pelo menos quatro já organizadas. Tudo isso para que a gente possa, lá na frente, principalmente no ano que vem, em 2018, saber que bandeira vamos defender em cada estado”, afirmou.
Ramalho adianta que a expansão do segmento será feita com novos filiados ao partido – grupo que, explica o parlamentar, será composto por pessoas que tenham afinidades com ideais tucanos. “Só devemos trazer para o PSDB alguém que venha com vontade, que tenha paixão por isso, que goste da sigla, goste do segmento. Porque se trouxermos um companheiro que não esteja disposto a construir, ele não vai ajudar em nada. Não é questão de quantidade, é qualidade”, disse o tucano.
O deputado defendeu uma postura mais combativa dos membros do PSDB Sindical, debatendo soluções para os problemas dos trabalhadores, e que ao mesmo tempo, respeite as origens da social democracia defendida pelo partido.
“Acima de tudo nós somos PSDB, e para ser PSDB você precisa conhecer a história do partido e precisa ter uma vocação. Não é para bater palma, é para debater, discutir, contrariar. Acertada a linha, temos que seguir aquilo que foi debatido. Gostando ou não, temos que respeitar a maioria. Defendo que as coisas sejam sempre assim, democraticamente discutidas”, pontuou.
“É a social democracia, que foi discutida pelo saudoso Mário Covas, Franco Montoro e tantos outros que participaram da fundação do PSDB”, acrescentou.
Reformas
O presidente do PSDB Sindical destacou a discussão da reforma tributária e da modernização das leis trabalhistas como pautas de extrema importância para o segmento. Para Ramalho, é preciso chegar a um consenso que agrade ao governo e beneficie os trabalhadores.
“Estamos discutindo muito a reforma trabalhista e a reforma previdenciária. Não somos contra, mas achamos que tem que ter uma flexibilidade. Sou a favor do projeto apresentado pelo Paulinho [da Força, deputado federal do Solidariedade], ao invés da idade mínima de 65 anos para homem e mulher, 60 anos para homem e 58 para mulher, e que se tenha uma regra de transição”, opinou. “Essa não é uma posição do partido, do PSDB Sindical. É uma posição do Ramalho”, acrescentou.
Ainda assim, o tucano acredita que mudanças na legislação atual são necessárias, e que este é um momento propício para o governo do presidente Michel Temer realizá-las. “Tem que ter ajustes sim. Na trabalhista também defendo ajustes, mas não pode ser uma reforma para tirar direitos dos trabalhadores”, constatou.
“Precisamos avançar. Acho que as coisas têm que ser combinadas, negociadas. O combinado não sai caro. Senão fica todo mundo querendo se prevalecer de uma lei que foi feita em 1940 ou antes, e nós temos que engolir até hoje. Na época em que foram feitas algumas leis, não tinha avião, não tinha celular, não tinha televisão a cores. Estão ultrapassadas, precisam ser modernizadas. Agora, não pode vir de uma vez igual a um trator. É preciso criar uma condição opcional. Não tenho dúvidas de que as duas reformas vêm. As partes têm que ter um entendimento, e é um momento propício, já que ano que vem teremos eleições”, completou Ramalho.